
O Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, com o apoio unânime da Comissão Municipal de Proteção Civil, na versão reduzida, deliberou a ativação do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil de Oliveira do Hospital.
Com efeitos a partir das 13h30 do dia 13 de agosto de 2025, o Plano foi ativado face ao incêndio que teve início no Piódão e que está a decorrer no território do concelho oliveirense, nomeadamente na freguesia de Aldeia das Dez. O fogo alastrou-se pelo Monte do Colcurinho.
No combate às chamas estão 570 operacionais, apoiados por 170 viaturas e 4 meios aéreos.
Em declarações ao Notícias de Coimbra, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, confirmou a evacuação preventiva de duas localidades devido ao avanço do incêndio. Segundo o autarca, “foram evacuadas 19 pessoas do Chão Sobral e nove pessoas da aldeia da Gramaça, que foram encaminhadas para a Escola Básica Integrada da Ponte das Três Entradas”.
Segundo Francisco Rolo, a decisão foi tomada “claramente por precaução”, já que o fogo “está na zona do Porto Silvado, mais acima, junto à fronteira de Arganil com Oliveira do Hospital” e também “a deslizar lentamente na encosta, depois do Monte Colcurinho, em direção a Chão Sobral”.
O autarca salientou que a prioridade tem sido “proteger as aldeias e criar linhas de corta-fogo com maquinaria pesada, incluindo máquinas de rastos”.
De acordo com o presidente, há uma “vigilância apertada” a outras localidades em risco, como Vale de Maceira, Casal Cimeiro, Golinho e Parente. Apesar das evacuações, Francisco Rolo garante que “não há habitações em perigo” no momento, mas sublinha que “é fundamental agir antecipadamente para evitar situações de ansiedade e prevenir riscos”.
O autarca alertou ainda para a possibilidade de agravamento da situação com a mudança do vento durante a tarde: “Estes são os riscos que estão associados a este tipo de incêndios, as alterações meteorológicas que podem mudar a trajetória do fogo”.
O incêndio afeta uma zona de alta montanha e aldeias com acessos difíceis, o que leva o autarca a reforçar a importância dos meios aéreos: “Apesar dos meios pesados e dos corta-fogos que estamos a fazer, só com meios aéreos se poderá controlar eficazmente e de forma rápida antes do cair da noite”.