
O juiz de instrução criminal do Tribunal de Santarém, Bruno Miguel Lopes, voltou a adiar a leitura do despacho de medidas de coação para os 34 detidos no âmbito da megaoperação da GNR que desmantelou uma alegada rede internacional de produção e exportação de lanchas para o tráfico de droga, liderada por cidadãos espanhóis. A nova data está agora marcada para segunda-feira, 28 de julho, às 16h00.
Segundo avançou o Correio da Manhã, o magistrado reuniu os advogados de defesa na tarde desta sexta-feira, dando a entender que, após mais de duas semanas da realização das buscas por parte do Grupo de Intervenção de Operações Especiais da GNR (GIOE/GNR), estariam finalmente reunidas as condições para conhecer as medidas aplicadas aos arguidos. No entanto, o juiz surpreendeu ao informar que a decisão não estava ainda pronta para ser lida.
“O CM sabe que Bruno Miguel Lopes proferiu um breve despacho, que mandou entregar aos advogados, definindo a nova data”, refere o jornal, acrescentando que o juiz justificou o novo adiamento com a necessidade de retificar e verificar lapsos na decisão. “Ao ultimar a decisão a proferir, dei conta de lapsos na sua elaboração que carecem de retificação/verificação, e que impossibilitam a sua leitura no dia de hoje”, escreveu o juiz no despacho citado.
Até à leitura das medidas de coação, os 34 suspeitos permanecem detidos, distribuídos por postos da GNR no distrito de Santarém.
Recorde-se que o Ministério Público pediu a medida de coação mais gravosa, prisão preventiva, para 22 dos 34 detidos.
A operação, de grande envergadura, envolveu buscas em vários pontos do país, com maior incidência na Lezíria do Tejo, e teve como alvo uma estrutura que alegadamente se dedicava à construção de embarcações rápidas para transporte de droga, sobretudo entre o norte de África e a Europa.