O Município de Arraiolos vai avançar na próxima semana com uma intervenção de emergência na Torre do Relógio do Castelo, na sequência de um acordo celebrado com a IP Património. A medida surge como resposta ao estado de degradação daquela estrutura, que apresenta riscos estruturais graves.

Apesar de o castelo ser propriedade do Estado português, a Câmara Municipal assumiu a elaboração do projeto e o lançamento do procedimento de obra. «O castelo não é do município de Arraiolos, apesar de algumas pessoas pensarem que é. É do Estado português», esclareceu a presidente da Câmara Municipal de Arraiolos, Sílvia Pinto. «Alertámos para a necessidade de uma intervenção urgente na Torre do Relógio porque está efectivamente com graves problemas», acrescentou.

A autarca explicou que, após a apresentação do projeto, a IP Património validou o diagnóstico e celebrou um acordo com a autarquia no final de 2024. «Assinámos esse acordo onde nos comprometemos a lançar o procedimento, adjudicar e acompanhar a obra», referiu. «Há uma contrapartida financeira por parte do Estado para essa intervenção e para o levantamento do estado da muralha de todo o castelo.»

No entanto, a verba transferida pelo Estado não é suficiente para cobrir todas as intervenções previstas. «O dinheiro que nos mandam só dá para a obra da Torre», afirmou Sílvia Pinto, sublinhando que o valor estimado da intervenção na Torre do Relógio ronda os 140 mil euros, mais IVA. O levantamento do estado da muralha, também incluído no acordo, ainda não tem orçamento definido. «Não temos o valor fechado do projeto da Muralha, por isso não lhe sei dizer», disse.

A obra a realizar nos próximos dias tem como objetivo imediato garantir a segurança da Torre do Relógio. «Vamos começar a intervir na Torre para dar suporte à estrutura para que ela não caia», explicou a presidente.

Sílvia Pinto salientou ainda que, apesar de a responsabilidade legal ser do Estado, o Município decidiu colaborar no esforço de preservação patrimonial. «Entendemos que deveríamos dar esse apoio ao Estado».