A secretária geral da AMTSM revelou estar a acompanhar a atenção mediática que a poluição no Rio Ul tem merecido por parte da comunidade oliveirense e recusa que as culpas estejam a ser empurradas de uns órgãos para os outros, assumindo a responsabilidade da associação. “Dizemos que há na ETAR do Salgueiro um problema grave, os especialistas dizem que a maior responsabilidade é de ela estar obsoleta”. Ainda assim, há mais responsáveis pela situação do rio Ul.
A requalificação da ETAR do Salgueiro está a avançar, com o projeto em fase da avaliação junto da CCDR, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional neste momento. A obra, com um investimento avaliado de 45 milhões, contempla, para além da requalificação total da ETAR, uma série de infraestruturas como um parque urbano inundável, um parque solar “ambicioso” para aumentar ao máximo a eficiência, bem como todos os sistemas que conduzem os efluentes industriais e tudo o que vai passar pela ETAR.
Teresa Pouzada revelou grande expectativa para o arranque da obra, mas também reforçou que toda a comunidade tem de ajudar, indicando um mau exemplo: “Estamos ansiosos para que a requalificação avance, porque vai fazer a diferença. Mas a AMTSM tem previstos outros investimentos, como o regulamento intermunicipal, para que se possa penalizar [os prevaricadores] [...], porque sabemos que há indústrias que não estão a cumprir. É sempre um equilíbrio difícil de ter e acho que a comunidade também tem que ter um bocado de sensibilidade. Por exemplo, há uma empresa, uma indústria, que está sinalizada e que sabemos que não está a cumprir e que pode ser uma das responsáveis máximas por esta situação, mas estão em causa 400 postos de trabalho e é difícil.”
A terminar, Pouzada garantiu que todos os parceiros estão empenhados em resolver o problema o mais rapidamente possível e apela à população um pouco de compreensão: “Estamos todos convocados nesse sentido, de avançar com isto com a maior agilidade possível. A comunidade não sabe porque não estamos diariamente a dizer. Estamos com contactos estreitos entre as várias entidades”.