
A cotação média dos borregos e cabritos registou uma descida acentuada na semana de 30 de junho a 6 de julho de 2025 na região do Alentejo, segundo os dados divulgados pelo Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA), do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral.
No setor dos ovinos, a oferta foi considerada relativamente fraca no Alentejo Norte, média em zonas como Estremoz, Beja, Elvas e o Litoral alentejano, e relativamente abundante em Évora. A procura foi, no entanto, insuficiente para suster os preços, com níveis médios em Beja, Elvas e Alentejo Norte, e ligeiramente mais elevados em Évora e Estremoz.
A diminuição da procura para exportação, especialmente com destino a Israel, foi apontada como um dos fatores que mais penalizaram o mercado regional. As cotações dos borregos desceram em todas as áreas de mercado alentejanas. Nos borregos de 13 a 21 kg, as quebras variaram entre os 31 cêntimos e 1,05 euros por quilograma. Para os borregos de 22 a 28 kg, as descidas oscilaram entre 27 e 65 cêntimos por quilograma, e, nos de peso superior a 28 kg, entre 31 e 60 cêntimos por quilograma.
Nos caprinos, a situação revelou-se semelhante. A oferta de cabrito foi relativamente fraca no Alentejo Norte e média em Estremoz. A procura acompanhou esta tendência, sendo igualmente fraca no Alentejo Norte e apenas média em Estremoz. Verificou-se uma descida das cotações dos cabritos de mais de 10 kg em ambas as áreas analisadas, com perdas de 25 cêntimos por quilograma.
O impacto da redução da procura externa, aliado à estagnação do consumo interno, está a pressionar os produtores da região, cuja rentabilidade depende fortemente da valorização de mercado dos pequenos ruminantes.