
Uma paixão que dura há décadas
“O projeto da Multimoto começou com uma pequena oficina de reparações de motorizadas há 36 anos. Vendíamos motos e bicicletas compradas a revendedores locais. Aos poucos, com trabalho e dedicação, fomos crescendo. Hoje somos uma referência no setor, não só em Portugal como em Espanha. É trabalhar com paixão, com o querer, a vontade de ir mais longe e de acreditar que podemos ser melhores a cada dia. No fundo, não há mais segredo nenhum que não seja esse.”
Entrada do grupo Salvador Caetano
O crescimento da Multimoto deu um novo passo com a entrada do grupo Salvador Caetano no capital da empresa. “Foi uma proposta que surgiu da Salvador Caetano, em que entendemos, eu e os meus irmãos, que poderia ser bom para todos. A minha cota mantém-se. Vou ficar à frente dos destinos da empresa.”
A parceria abre novas perspetivas: “A ideia é continuar a crescer, com uma componente mais forte de internacionalização. Já exportamos para Marrocos e agora também estamos a considerar Angola. Estando lá eles com uma estrutura forte, é mais fácil chegar lá com uma certeza maior de que vai dar certo.”
O Brasão de Azeméis
Além das motas, Adriano também investe na restauração. O restaurante Brasão de Azeméis foi alvo de uma remodelação profunda. “Foi uma remodelação total. Fizemos por fases para não termos que fechar o espaço. Começámos pela cozinha, depois o takeaway e, por fim, as salas.”
Com emoção, recorda o irmão Manuel: “A única pena que tenho é que ele não tenha tido a possibilidade de ver realmente as novas instalações. Ele falava muitas vezes disso, só queria ver o espaço aberto. Mas infelizmente não foi possível. Certamente, onde está, estará orgulhoso daquilo que foi feito.”
Família e comunidade
“É verdade que não tenho todo o tempo que gostaria, mas o que tenho aproveito muito bem. Tenho dois filhos e uma netinha. De vez em quando vou buscá-la à escola ou fico à espera de manhã para lhe dar um beijinho.”
Com forte ligação local, foi presidente da Assembleia de Freguesia: “É importante termos empresários que, para além de terem sucesso pessoal, também olham para a comunidade.”
Empreender com consciência
“Temos de fazer aquilo em que acreditamos com paixão. Quando há vontade, conseguimos. Mas antes de iniciar qualquer projeto, vejo sempre o melhor e o pior cenário. Se o pior for uma desgraça, não entro. Se der para aguentar, vamos em frente.”
Para Adriano, o reconhecimento de Oliveira de Azeméis no setor das duas rodas já é um facto: “Se falarmos em termos de empresa, diria que se calhar já o é. Já somos a capital ibérica das duas rodas.”
