Em 2025, cerca de 9% das casas anunciadas para arrendamento no idealista estiveram disponíveis por menos de 24 horas, segundo uma análise do portal imobiliário.

Este fenómeno é mais visível nas casas com rendas mais acessíveis, especialmente as inferiores a 750 euros por mês, onde 19% dos imóveis foram arrendados no espaço de um único dia, de acordo com os dados revelados, as cidades com a maior taxa de “arrendamentos expresso” foram Funchal e Setúbal.

Em Funchal, 25% das casas disponíveis até 750€/mês foram arrendadas em menos de 24 horas, enquanto em Setúbal, o número foi igualmente elevado, com 25% das casas nesta faixa de preço a desaparecerem rapidamente do mercado.

Já nas cidades maiores, como Lisboa e Porto, os arrendamentos expresso são mais comuns entre as casas mais baratas, com 17% das casas em Lisboa e 15% no Porto até 750€/mês a serem arrendadas em menos de 24 horas.

Em contraste, as casas com rendas superiores a 1.500€/mês apresentam taxas de arrendamento mais baixas, com 4% das casas em Lisboa e 3% no Porto a desaparecerem tão rapidamente do mercado.

Os dados mostram que, à medida que os preços aumentam, a velocidade de arrendamento diminui, nas casas com rendas entre 750 e 1.000 euros, o Funchal foi a cidade com a maior percentagem de arrendamentos expresso, com 50% das casas a serem arrendadas em menos de 24 horas. Em comparação, Lisboa registou uma taxa de 12%, seguida de Coimbra (11%) e Porto (8%).

O relatório destaca também que as cidades com maior procura por casas de arrendamento acessíveis, como Setúbal e Braga, têm uma taxa elevada de arrendamentos rápidos, especialmente nas faixas de preço mais baixas.

Em Braga, 18% das casas até 750€/mês foram arrendadas em menos de 24 horas, enquanto em Lisboa o número foi de 17%.

Por outro lado, nas faixas de preços mais elevados, acima de 1.000 euros mensais, o Funchal e Setúbal continuam a ter uma atividade intensa de arrendamentos rápidos, com 25% e 20% das casas, respetivamente, a desaparecerem do mercado em menos de um dia.

Este panorama ilustra a crescente competitividade no mercado de arrendamento em Portugal, com uma procura cada vez mais intensa pelas casas mais acessíveis, o que está a tornar o processo de arrendamento mais ágil, mas também mais desafiador para quem procura opções de baixo custo.