Este domingo, assinala-se o Dia Mundial das Zoonoses. Tratam-se de doenças infecciosas que são transmitidas entre os animais e o homem. Uma das mais faladas é a raiva. Dos ricso à prevenção e transmissão, conheça alguns pormenores sobre esta doença.

Em primeiro lugar, dizer que, segundo a Direção Geral de Alimentação e Veterinária, Portugal é um país livre desta doença. "Portugal é um país indemne de raiva. O último caso de raiva autóctone registado em Portugal ocorreu em 1960." Ainda assim, existem sempre alguns perigos associados.

"O risco de introdução da doença mantém-se face à possibilidade de entrada ilegal de animais suscetíveis", continuam. Noutros país, é um problema preocupante. Em todo o mundo morre uma pessoa a cada nove minutos de raiva. Em África e na Ásia a doença mantém-se endémica.

Segundo a mesma entidade, "a raiva é uma doença viral que afeta o sistema nervoso central dos mamíferos incluindo o homem."

"O vírus encontra-se na saliva dos animais infetados. A doença é normalmente transmitida através da mordedura de um animal infetado com raiva, na maior parte dos casos carnívoros."

Associa-se muito mais aos cães, sendo 99% dos casos, mas a verdade é que existem mais animais que podem por transmitir esta doença aos homens. "Existem várias estirpes do vírus da raiva clássica, cada qual adaptada a determinadas espécies como reservatório: frequentemente cães domésticos, mais raramente gatos e, dependendo do continente, várias outras espécies de mamíferos da ordem dos carnívoros com raposas, ou dos quirópteros, morcegos."

Uma vez que ocorra a infeção, o vírus pode chegar até ao cérebro. "No cérebro, o vírus multiplica-se rapidamente dando origem aos primeiros sintomas, e daqui dissemina-se, através dos feixes nervosos, até aos órgãos e glândulas salivares, de onde é excretado."

A vacina é uma das principais medidas de prevenção contra a raiva. Segundo a Direção Geral de Alimentação e Veterinária, "em Portugal, a vacinação antirrábica dos cães é obrigatória desde 1925. Apenas um animal com vacinação antirrábica válida se encontra protegido caso venha a contactar com um animal infetado com raiva".

Desta forma, para existir alguma salvaguarda, é recomendado que não leve para dentro de casa nem adote animais de rua, ou até interaja com os mesmos. "O transito internacional de animais requer certificação veterinária. Não deve introduzir em Portugal, ou noutros países, animais sem as devidas autorizações", avisam.

E como é que pode ser feito o diagnóstico de raiva? É uma tarefa que apenas compete aos médicos veterinários. Apesar de existirem suspeitas com base em algum tipo de situações, são sempre precisos exames médicos para comprovar o diagnóstico. Após da morte do animal, poderá também perceber-se a situação.

"Qualquer animal sensível à Raiva que tenha agredido outro, bem como o animal agredido, devem ser sujeitos a um período de vigilância veterinária durante, pelo menos 15 dias, para eliminar a hipótese de ter havido infeção pelo vírus da raiva.”

Deixam ainda de novo o aviso sobre a introdução de animais no país. "Embora Portugal seja um país indemne de Raiva, pode ocorrer a entrada clandestina de um animal que se tenha infetado noutro país."