Miguel Sousa Tavares tem vivido dias de grande dor! Teresa Caeiro, ex-mulher do comentador político, morreu a 14 de agosto, aos 56 anos. E se já era um momento difícil, o pior ainda estaria para vir: Miguel Sousa Tavares foi acusado de ter tido uma relação abusiva com a antiga companheira e que ela era vítima de violência doméstica.

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Após acusação, jornalista deixa jornal

A acusação foi feita por Armando Esteves Pereira, diretor-adjunto do Correio da Manhã, que escreveu alguns textos sobre o assunto. “Todas as pessoas amigas conheciam o seu drama. Houve uma relação tóxica na sua vida que lhe mudou mais do que a aparência e deixou marcas profundas no seu ânimo e afetou a sua saúde. (…) A Teresa é uma vítima não contabilizada de violência doméstica em Portugal. (…) E ao contrário do que se possa pensar, este crime covarde é igualmente brutal em todos os estratos e classes sociais. Não é um assunto exclusivo de famílias pobres e desestruturadas. Da casa mais humilde ao endereço mais luxuosa abundam histórias de horror escondidas por quatro paredes”, escreveu o jornalista no passado dia 20 de agosto.

Miguel Sousa Tavares esteve, esta sexta-feira, 22 de agosto, no Jornal Nacional, da TVI, na rubrica 5a coluna e acabou por ser confrontado por Sandra Felgueiras sobre a grave acusação. “Para fechar, esta semana estiveste nas bocas do mundo, sobretudo nas redes sociais, pelas piores razões e até te despediste de um jornal, de uma publicação onde escrevias há bastante tempo, o Record [que é do mesmo grupo do Correio da Manhã]. O que é que te oferece dizer sobre isto?“, questionou.

O comentador explicou a decisão. “Nós somos um povo que é capaz de coisas grandiosas, extraordinárias. Quando vejo aquelas pessoas nos incêndios, a ajudarem-se uns aos outros, a defenderem o que é seu, eu penso que aqueles são os verdadeiros portugueses que vale a pena apoiar. Mas a grande maioria, não sei se a grande maioria, mas há uma larga fatia de portugueses que detesta a liberdade. Liberdade no sentido completo, liberdade não apenas de pensar pela sua cabeça, não depender do estado para tudo, não ter medo de arriscar profissionalmente, não ter medo de seguir-se com os seus valores e por isso é que tivemos 50 anos de ditadura. E aquilo que eu acho, isto não é um autoelogio, é uma constatação, é que quando não se ama a liberdade suficientemente para praticar para si próprio, detesta-se quem o faz. Detesta-se”.

Sandra Felgueiras quis perceber: “Achas que o que tem acontecido esta semana é um ato de quem te detesta?”. E o jornalista foi perentório: “Isso não tenho dúvidas. Agora o que interessa é saber porquê. Em minha opinião, é porque não me conseguem encostar a etiqueta nenhuma e isso é insuportável para as pessoas que gostam de ser mandadas e que estão habituadas a ser comandadas”.

Em jeito de remate, Sandra Felgueiras questionou: “E tu sentes-te de consciência tranquila?”. “Bem, mais do que isso, Sandra. Pelo amor de Deus”, garantiu Miguel Sousa Tavares.

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Texto: Carolina Marques Dias Fotos: Impala