Os incêndios estão a tomar conta de várias partes do nosso país. Mas apesar de finais menos bons, há atitudes que não se esquecem e a deste GNR é uma delas. O militar resgatou Duque um cão acorrentado dentro de uma casa em chamas em Vila Ruiva, no concelho alentejano da Cuba. Apesar de o animal ter perdido a vida horas depois, o comportamento foi heróico.

O animal estava acorrentado e como tal em “situação de perigo iminente”. O militar Aragão entrou em casa e conseguiu retirá-lo com vida, apesar de o animal não ter conseguido resistir aos ferimentos.

“Perante a gravidade da situação e estando em causa a vida do animal, um dos militares introduziu-se no interior da habitação, já consumida pelas chamas, conseguindo resgatar o mesmo e trazê-lo para o exterior”, pode ler-se no comunicado da GNR.

O IRA já deixou uma homenagem ao GNR e os comentários de aplauso mulitplicaram-se:

Aragão, O militar da GNR que não hesitou.

Onde muitos recuam, ele avançou. No meio do caos e das chamas, salvou um cão indefeso, arriscando a sua própria vida para proteger outra. O seu gesto não é apenas heroico — é profundamente humano.

Num tempo em que tantas vezes esquecemos o valor da vida que não fala, Aragão recorda, com coragem e sem palavras, que proteger os mais vulneráveis é uma escolha que define caráter.

Representa os melhores valores da humanidade: bravura, compaixão, sentido de dever.

Hoje, não homenageamos apenas um militar. Homenageamos um exemplo. Um símbolo vivo de que ainda há quem escolha fazer o bem, mesmo quando isso implica enfrentar o perigo de frente.

Que o seu gesto ecoe e inspire. Porque salvar uma vida — qualquer vida — é sempre um ato de grandeza.

Com sentido apreço e profundo respeito,

Tomás
O Presidente do IRA

Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: D.R.