Ricardo Castro foi o entrevistado do programa Alta Definição, este sábado, 5 de julho. Numa conversa intimista com Daniel Oliveira, o ator deu a conhecer melhor o seu lado pessoal e, entre vários assuntos, lembrou a morte do pai.

A despedida do meu pai custou-me muito. Ele morreu com 40 quilos, com cancro, e de mão dada a mim. Naquele momento, disse-lhe que o amava muito, que estava tudo bem. Ele não disse nada, mas eu senti que ele me ouviu”, começou por contar.

“[Era importante] ele libertar-se com o perdão. É sempre meu pai, é sangue, é ADN. Ainda hoje tenho coisas parecidas com ele”, notou ainda.

Questionado sobre os ensinamentos do progenitor, Ricardo Castro referiu que aprendeu com este “a ser amigo do meu amigo, a não trair amigos a dar valor à amizade”.“Percebi que a maior fortuna são realmente aquelas pessoas que gostam de ti, que percebem a tua essência. Não há negócio, não há comissão. É a amizade pura”, destacou.

“A maior herança que podes deixar aos filhos é a caderneta da Caixa de Geral de Depósitos, é um apartamento em Cascais, é uma casa, é um terreno? Não é, acredita que não é. Chegas àquele ponto e vês, sabes que nunca foi isso. É isto, é o que tens aqui dentro. É isso que te faz seres próprio”, referiu.

Por fim, o ator definiu o pai como uma pessoa carinhosa, apesar do alcoolismo. “Ele era um homem fabuloso, mimoso, dava-me a mão, dava-me beijinhos, os homens da nossa família cumprimentam-se todos com beijinhos, ainda hoje. Somos afetuosos, abraçamos, queremos tocar (…) Eu dei beijinhos ao meu avô até ele ser velhinho”, completou.

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