Foi de mãos dadas e bastante sorridentes que Diogo Amaral e Jessica Athayde chegaram ao Jardim Torel, em Lisboa, na noite do passado dia 17 de junho, para assistir à antestreia do filme Hotel Amor. A atriz é a grande protagonista desta produção portuguesa, e o seu companheiro não faltou ao evento para a apoiar. “A minha esposa está ótima. Foi muito duro para a Jessica durante as filmagens porque ela estava a fazer teatro ao mesmo tempo. Muitas vezes filmavam a seguir ao espetáculo, metia imensas noites e as filmagens foram super duras”, revela, orgulhoso, Diogo Amaral. Durante essa fase mais exigente a nível profissional da sua mulher, foi ele o suporte da família. “Foi tranquilo. Tornamos tudo possível um ao outro. Se no caso de ser ela a segurar as pontas, ela segura. Tornamos tudo possível. É um dos princípios, arranjamos sempre maneira para os dois fazerem tudo”, explica, com a boa disposição que o caracteriza.

Com a agenda mais liberta depois de ter rodado a novela A Fazenda, onde dá vida a Eduardo, ainda em exibição na TVI, e já com todos os episódios de Star Park finalizados, Diogo Amaral falou com entusiasmo deste formato que o levou a cruzar-se com Pedro Teixeira na apresentação. “Agora parei um bocadinho, já gravámos o programa todo e acabei a novela. Adorei fazer o programa e acho que correu super bem, e tem corrido super bem. Estou muito contente”, conta, acrescentando: “O programa ia acontecendo naturalmente e o Pedro abriu sempre a porta para ir para a macacada e fomos por aí fora. Adorei trabalhar com ele, acho que fizemos uma boa dupla e diverti-me muito. Deem-me macacadas para fazer que eu vou. Contem comigo”.

Ainda sem garantias de uma segunda temporada, o ator já tem um desejo caso volte a abraçar este projeto, e envolve, mais uma vez a sua mulher. “Gostava muito de receber a minha esposa e uma amiga dela, a Chica. Gostava muito de as receber, era assim uma dupla de sonho”, confessa.

Enquanto os novos projetos não surgem, Diogo Amaral só pensa em descansar e aproveitar o verão em família. “Agora projetos só em agosto. Havemos de ir a algum lado, nas férias, mas ainda estamos a escolher”, partilha.

Estrela da noite, Jessica Athayde direcionou todas as suas atenções para o Hotel Amor. Um projeto intenso e desafiante, como a própria revelou. “Faço de Catarina, gerente de um hotel que se está a afundar. Ela tenta com que o staff não seja despedido, com que a transição para a nova direção seja leve e fácil, mas nada está a favor dela. Ela é completamente workaholic, está com um burnout sem se aperceber.É um filme divertido, tem amor, alguma tristeza e cenas divertidas”, explica.

Foram 17 dias de trabalho, com cenas gravadas em plano sequência o que se refletiu num desafio acrescido. “Foi tudo feito em plano sequência com o hotel em funcionamento, o que foi a loucura, porque não podíamos estar na cozinha, quando estavam a preparar as refeições para os hóspedes, a hora do chek-in e chek-out tínhamos que evitar, portanto foi a loucura de horários durante as filmagens”, conta, animada, sublinhando ainda que os últimos anos de trabalho em teatro a ajudaram na preparação para este filme. “Começou-se a falar muito sobre o plano sequência por causa da série Adolescente. Acho que o plano mais comprido que temos é de 14 minutos, se não me engano, e o mais curto três minutos e tal, é diferente. Para mim foi a estreia e foi incrível. Acho que o facto de ter andado estes últimos anos mais investida em teatro, que é um plano sequência sempre, fez com que estivesse mais preparada para o filme. Foi, sem dúvida, uma ferramenta que ajudou muito a compreender melhor o que se esperava”, explica.

Estreia a solo no teatro

Além deste projeto, a atriz, a partir de outubro, vai estar em cena, a solo, com Bridezilla, no Teatro Villaret em Lisboa. Trata-se de um espetáculo inspirado na preparação do seu casamento. “Vou começar a ensaiar daqui a duas semanas, e depois mais intensamente, com o Rui Melo, em setembro. Estou muito feliz, é baseado em factos reais. E é a minha estreia a solo. Estou muito entusiasmada”, confessa, explicando como surgiu esta ideia: “O ponto de partida da peça foi quando escrevi os meus votos, e quando senti que os mesmos não eram adequados para ler à frente de tantas pessoas próximas. Depois aborda um bocadinho a história dos últimos anos, de como é que cheguei a pedir o Diogo em casamento, e do que é o casamento para mim e para nós. Abordo as várias situações que foram acontecendo ao longo dos anos. É super pessoal, e a história é contada até ao dia do casamento”.

A ideia foi abraçada pelo encenador, Rui Melo. “Eu tive a ideia, apresentei ao Rui Melo, ele disse: ‘Bora’. Falei com a Força de Produção e seguimos diretos para o Villaret. Já abrimos datas no Porto. Aconteceu o que eu não estava à espera, de repente esgotou e agora vou andar pelo País”, termina.

Texto: Telma Santos (telma.santos@impala.pt); Fotos: Helena Morais, Madalena Esteves e Divulgação