Alexandre Brito, jornalista da RTP, passou recentemente por uma dura perda: a do pai. Um homem que, nas suas palavras, "sempre foi uma pessoa muito de sorrir, muito feliz, muito contente". E este espírito não se desvaneceu, nem sequer naquele que costuma, habitualmente, de ser um momento triste: o funeral.

As palavras são do comunicador no mais recente episódio do podcast da SIC, O Animal Que Ri. Em conversa com Carlos Vidal, o jornalista e o humorista aproveitaram para refletir sobre a importância do sorriso, justamente nos momentos menos improváveis.

Para isso, Alexandre Brito, depois de ter confessado não ter memória de o "pai ser uma pessoa triste ou estar em algum momento triste", nem sequer "na altura mais difícil, no hospital", relatou uma das mais bonitas recordações que guarda entre as suas vivências ao lado do pai.

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"Uma das memórias que eu tenho com o meu pai e com a minha família é de vermos uma coisa notável do César Mourão, que era a Esperança, que era aquela figura em que ele fazia de uma senhora já com alguma idade e ri com o meu pai muito a ver essa série", detalhou o jornalista.

Seguidamente, o pivot de informação destacou uma cena em específico da minissérie da SIC. Corresponde ao momento em que, segundo as suas palavras, a "Esperança passa à frente de uma igreja e diz 'olha, vamos lá ver quem é que se adiantou' e quando entra na igreja tem ali um momento de brincadeira, de humor, em que diz, 'estás muito bem, trataram muito bem de ti, daqui para cima está tudo bem, só a parte de baixo é que deve estar pior', porque a senhora tinha sido atropelada por um tuc tuc".

Apesar de ser claramente um momento de humor, protagonizado, por César Mourão, a verdade é que se tornou também uma marca na família de Alexandre Brito. "Nós rimos muito com isto… e nessa despedida do meu pai, eu disse a mesma coisa, que foi 'estás muito bem pai'", recordou o comunicador acerca daquele momento especial no funeral do pai.

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Em conversa com Carlos Vidal, o rosto da televisão nacional, considerou, para si, que este foi "um momento de sorriso, de muita alegria". A razão? "Porque eu recordava aquilo e outras pessoas talvez não", explicou Alexandre Brito em entrevista.

"A forma como as outras pessoas viram aquele momento eu fico sempre na dúvida. Sei que a minha família partilhou… Sei que o meu pai iria gostar desse sorriso e é muito interessante. Eu aprendi muito nessa altura, é muito interessante como o sorrir está tão presente na morte", refletiu ainda o jornalista.

"As pessoas não querem ter uma memória má, querem ter uma memória boa. [Num velório], lembramo-nos sempre das coisas boas, das coisas em que sorrimos, nunca das coisas más e isso é muito interessante e esse momento de sorriso foi muito importante para mim nessa altura. Difícil, mas muito importante", rematou, por fim, Alexandre Brito.

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