
Bruno de Carvalho foi o convidado de Daniel Oliveira no programa Alta Definição, da SIC, deste sábado, 22 de março. À conversa com o apresentador, o antigo dirigente desportivo falou sobre a 'frustração' de ver o seu nome na imprensa e de como a família lida com isso.
"Como é que protegeu a sua família dos estilhaços públicos?", perguntou o apresentador. "Não consegui. Custa-me bastante. Chamaram-me de criminoso, ladrão, assassino, de tudo. Acho que isso é tão pequenino. Colocaram esse ónus na minha família, mas não foram eles que quiseram que assim fosse", disse.
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E eis que o antigo Presidente do Sporting recordou ainda alguns momentos mais difíceis. "Uma coisa era verem-me na rua sozinho, mas as pessoas não tinham cuidado se eu estava sozinho ou se estava com as minhas filhas. Muitas vezes, cheguei a pedir à minha filha mais velha para levar as mais pequeninas", lembrou.
"Cheguei a confrontar as pessoas e perguntei-lhes se eram boas da cabeça. Enquanto tomava o café, chamaram-me de tudo. Foram dois anos que ninguém imagina", disse, referindo-se às acusações que recebeu em 2018 após um ataque à Academia de Alcochete.
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Nessa altura, houve mesmo momentos em que optou por não sair de casa. "Eu não tenho idade para estar sempre fechado, mas muitas vezes preferia não sair. [...] Podia ser mais e melhor, mas crimes nunca cometi. Cheguei a ter um jornal que meteu o meu nome associado a um tema de pedofilia", referiu ainda.
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