Foi no dia 26 de abril de 2020 que Portugal ficou a conhecer Diogo Reffóios Cunha, que entrou no Big Brother e que conquistou o segundo lugar neste reality show da TVI. Desde então que o ex-concorrente, de 38 anos, tem-se mantido afastado do círculo mediático. Agora, devido à condição em que se encontra, aceitou dar uma entrevista exclusiva à TV 7 Dias na qual fala sobre o seu percurso nos últimos cinco anos, sobre os consumos excessivos de droga e álcool, a relação amorosa tóxica que viveu, a condição financeira débil em que sobrevive e sobre os pensamentos suicidas.
“Muitas vezes já olhei para a ponte e já pensei ‘se calhar não vou andar a pé naquela ponte hoje’ porque é o caminho mais rápido. Mas, no final do dia, não tenho coragem. Sinto que nunca tenho coragem para me matar. No outro dia, aconteceu uma coisa qualquer, eu estava a vir a pé, estava a olhar para a ponte, e pensei ‘ainda bem que estou cá em baixo e não estou lá em cima’”, admite, sem quaisquer pudores.
O ex-concorrente do Big Brother 2020 reconhece ainda que, sem ajuda especializada,
este dia poderá chegar. Contudo, Diogo Cunha tem-se apoiado nos psicólogos que estão consigo, no projeto online que desenvolveu: o psicologo.pt. “Vou tendo esse apoio com a equipa de psicólogos com quem costumo trabalhar. Daí também ter a capacidade de dizer que a palavra suicídio, ou o pensamento, é uma ideia estúpida que me aparece. O suicídio é um atalho para chegares a um fim. Agora, não é um fim interessante. Não acontece mais nada a seguir. Portanto, há outros meios e eu vou ter sempre essa capacidade”, conclui.
Leia o impressionante relato de Diogo Reffóios Cunha na edição da TV 7 Dias em bancas.
TV 7 DIASTextos: Carla Ventura (carla.ventura@impala.pt); Fotos: João Manuel Ribeiro e Reprodução TVI