O festival leva música à Mata dos Marrazes, na União das Freguesias de Marrazes e Barosa (UFMB), e esta autarquia, responsável pela organização, divulgou a programação completa da extensão "A caminho...", em junho, e dos concertos principais, a 12 de julho.

A programação central decorre na floresta e fecha o festival com dois concertos internacionais: Vega Trails e Tcheka & Mário Laginha.

O projeto formado pelo contrabaixista Milo Fitzpatrick - fundador do Portico Quartet -, e pelo saxofonista Jordan Smart, dos Mammal Hands, está atualmente sediado em Madrid, Espanha, e faz parte do catálogo da editora Gondwana Records.

Em Marrazes, apresentará "a fusão do minimalismo e da improvisação livre", antecipou a organização.

No mesmo dia, encontram-se em palco o cantor cabo-verdiano Tcheka e o pianista português Mário Laginha, num espetáculo que conjuga "o lirismo cabo-verdiano com a sofisticação e liberdade do piano jazz".

"Num movimento contínuo entre tradição e vanguarda, improvisação e estrutura, pretende-se, nesta edição, explorar as infinitas possibilidades que surgem quando artistas de diferentes geografias, sensibilidades e estéticas se unem para criar novas paisagens sonoras", sublinhou a autarquia.

Isso acontece também na programação "A caminho...", que em junho promove, no dia 07, o encontro entre o duo Tear, do saxofonista Gabriel Neves e do guitarrista Telmo Sousa, com o coral feminino "Verde Pyno", na localidade de Pinheiros.

No dia 14 de junho, é a vez do Combo Jazz do Orfeão de Leiria e do trio internacional Perselí, formado por músicos do México, Escócia e Portugal, atuarem no Parque de Merendas da Barosa.

"Esta 7.ª edição propõe uma viagem imersiva através de realidades sonoras paralelas, onde diferentes mundos musicais se encontram e se transformam", sublinhou a UFMB, que dedica o festival "ao conceito de 'muldiversidade'", combinando influências que "vão desde o jazz contemporâneo até a música tradicional, passando por fusões culturais e experimentações sonoras".

"Pensar que, com tão poucos recursos, conseguimos reunir artistas de referência como Perselí, Vega Trails, Tcheka & Mário Laginha, criar momentos absolutamente únicos, como o concerto do projeto Tear com o Grupo Coral Regional 'Verde Pyno', ou juntar num mesmo espaço artistas consagrados com emergentes, é verdadeiramente comovente", afirmou à agência Lusa a secretária da UFMB, Catarina Dias.

JazzMATAzz nasceu em 2019 "de um sonho, quase teimoso", e é a prova de que "com paixão, dedicação e visão, é possível construir algo maior do que nós próprios".

"Ver este sonho chegar à 7.ª edição, com um percurso de coerência e enorme qualidade, é motivo de um orgulho imenso. Tudo isto nasce do esforço de quem acredita que a música pode criar comunidade, abrir horizontes e tocar vidas. E isso é, para nós, a maior vitória", concluiu Catarina Dias, uma das responsáveis pela organização.

O festival arrancou em março, quando aconteceram as iniciativas "Conversas em andamento", num diálogo com os músicos Alexandre Frazão, Demian Cabaud e Gileno Santana, e um 'workshop' sobre som, orientado por Isaac Raimundo.

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