Com uma carreira de 60 anos, os alemães Scorpions continuam a conquistar gerações e a ser amados, tal como refere o seu tema 'Still Loving You', esgotando o primeiro dia do festival Marés Vivas, em Gaia.

O recinto do Festival Marés Vivas abriu às 16:00 e os primeiros 'festivaleiros' entraram a correr para garantir um lugar na primeira fila e ver de perto, na sua grande maioria, a banda alemã de rock.

Com menos pressa, ao longo das horas seguintes, milhares foram entrando e enchendo aos poucos o recinto, num dia que tem lotação esgotada.

Os que entraram com mais calma, aproveitando para conhecer os cantos ao recinto e ganhar chapéus, canetas e óculos que as diferentes marcas presentes no evento vão dando, têm também, como aqueles que entraram em modo de corrida, como principal motivação, assistir à atuação dos Scorpions.

E foi mesmo a banda alemã que levou Ricardo França, de 46 anos, e Armando Ferreira, de 45 anos, a vir de Oliveira de Azeméis até Vila Nova de Gaia.

Os dois amigos, que estão pela primeira vez no Marés Vivas, compraram o bilhete para o primeiro dia por ser dedicado ao rock, estilo de música pelo qual partilham o gosto.

"Está um ambiente de rock espetacular, o ambiente está mesmo qualquer coisa", atiraram, em uníssono.

Apesar de estarem expectantes pela atuação dos cabeça de cartaz, que tem início às 23:00, os Hybrid Theory, banda portuguesa de tributo aos Linkin Park, a quem coube abrir o palco principal, também os cativou.

Mais à frente, Pedro Silva, que confidenciou em jeito de brincadeira ter vindo obrigado pela namorada de quem estava acompanhado, também assumiu grande curiosidade para ver a banda de tributo.

Mas, contou, o principal atrativo são mesmo os Scorpions, opinião partilhada pela namorada, Catarina Costa, de São João da Madeira, que elogiou a organização e o espaço.

Estando pela primeira vez neste festival, Catarina Costa, que envergava um chapéu cor de laranja, revelou que ver Xutos & Pontapés, uma das bandas que compõe o cartaz deste primeiro dia, é sempre bom, sobretudo em ambiente de festival.

Logo à entrada do recinto, que fica no antigo parque de campismo da Madalena, vê-se algo inédito na paisagem do festival: um 'slide' e uma roda gigante que, pela sua dimensão, chamam de imediato à atenção.

Numa volta pelo local, percebe-se que as novidades não se ficam pela instalação daqueles dois equipamentos, estando diferente a disposição dos cinco palcos, à exceção do principal.

Que o digam as amigas Carla Oliveira, Joana Silva e Carolina Tavares que vêm todos os anos e apreciaram as novidades, mas em matéria de artistas a opinião não é unânime com umas a querer ver Scorpions e outras Pedro Sampaio e Ozuna.

Vestidas com brilhos e transparências, e enquanto iam falando ao mesmo tempo, Carolina Tavares confidenciou ter vindo do Luxemburgo para passar férias e vir ao festival, juntando "o útil ao agradável".

No segundo dia, sábado, será a vez dos Thirty Seconds to Mars subirem ao palco principal com o sexto álbum de estúdio "It's The End Of The World But It's A Beautiful Day", assim como dos portugueses Miguel Araújo e Os Quatro e Meia, Nena, Joana Almeirante e Luis Trigacheiro & Buba Espinho.

No domingo, terceiro e último dia, o cantor, compositor, Dj e produtor musical brasileiro Pedro Sampaio será o responsável por encerrar o festival, culminando a jornada que também tem as atuações dos Calema, de Ozuna e de Nenny.

Pelos outros quatro palcos espalhados pelo recinto, os 'festivaleiros' poderão ainda assistir às atuações de Insert Coin, Milhanas, Jéssica Pina, Zarco, Jimmy P., Beatriz Rosário, Lhast e Tiago Nacarato.

O recinto, que abre todos os dias pelas 16:00 e encerra às 03:00 do dia seguinte, tem capacidade para 40 mil pessoas.