
Roberta Medina anunciou a expansão do espaço ocupado pelo Rock in Rio Lisboa no Parque Tejo na edição de 2026, que decorre nos dias 20, 21, 27 e 28 de junho e tem confirmados até ao momento os Linkin Park e Pedro Sampaio. Em entrevista à “Meios & Publicidade”, a vice-presidente executiva do festival garante que o espaço terá mais 25 mil metros quadrados, permitindo, assim, receber 100 mil pessoas por dia, mais 20 mil do que nas edições anteriores, e que espera que o dia dos Linkin Park, 21 de junho, esgote até ao Natal.
“Estamos a trabalhar para construir um alinhamento diverso. Tivemos um bom pontapé de saída com os Linkin Park, que está a ser a maior venda de lançamento de primeiros dias da história do festival”, diz Medina, “estamos com uma percentagem de vendas internacionais muito superior à do ano passado. Já vamos em 10 mil pessoas, com um índice de 15% de pessoas de fora. O dia dos Linkin Park pode ser histórico para o festival. Estamos convencidos que vai esgotar até ao Natal”. Acrescenta também que mais artistas serão anunciados no mês de setembro: “a intenção é termos os maiores nomes na rua até ao final do ano”.
Entre as novidades reveladas pela responsável do festival lisboeta, destacam-se o aumento em 40% do número de casas de banho, o aumento exponencial de espaços de restauração, um novo ecrã LED “gigantesco” no Palco Mundo e, pelo facto de as datas coincidirem com as do Mundial de Futebol 2026, será construído um estádio de futebol no recinto. “A Cidade do Rock vai crescer. Vamos ter mais 25 mil metros quadrados, o que nos dá a possibilidade de receber 100 mil pessoas por dia. É uma hipótese que ainda estamos a avaliar”, ressalva, “até aqui, o mercado português nunca demonstrou interesse num aumento de capacidade. Historicamente, os dias que esgotam são muito pontuais. E esgotam em cima da hora. Se conseguirmos trazer mais gente de fora, talvez já faça sentido”.
Revelando que na edição de 2024, o Rock in Rio Lisboa teve “15 mil bilhetes comprados lá fora”, Medina assume que o objetivo é ter “entre 30 e 40 mil [estrangeiros] nos próximos anos, 30 mil já em 2026”. Com Espanha, Inglaterra, Alemanha e França como países “prioritários”, nos quais estão a ser feitas parcerias para promover o festival, acrescenta: “o RIR Lisboa já é um dos maiores eventos da Europa. A intenção é torná-lo num dos festivais ‘top of mind’, não apenas para os festivaleiros, que são um público mais segmentado, mas para o grande público”. Para isso, diz, o festival vai criar “novos produtos para atrair pessoas de fora, incluindo grupos empresariais internacionais”.
“Com a mudança da Bela Vista para o Parque Tejo, demos um salto quântico. Sabíamos de antemão que o novo recinto nos iria permitir melhorar o serviço ao público e a comodidade da operação, mas não imaginávamos que iria trazer uma nova identidade ao Rock in Rio Lisboa”, confessa Roberta Medina, “embora seja lindo, o Parque da Bela Vista poderia ser em qualquer cidade. No novo espaço, com o Rio Tejo atrás, o festival ganhou uma nova identidade, que mexeu muito com o mercado. Isso levou-nos a mudar a forma como comunicamos o festival internacionalmente”.
Questionada sobre quanto custa a uma marca estar no Rock in Rio Lisboa, a vice-presidente executiva do festival diz que “depende muito”. “Pode custar 30 mil euros, se estivermos a falar de uma loja, mas também pode chegar a 1,5 milhões de euros, se a marca quiser ter uma presença maior ou dar nome a um palco. Organizamo-nos muito bem para garantir os direitos dos parceiros. Não posso dar o mesmo a quem paga 30 mil e a quem investe 1,5 milhões. Os que fazem um investimento maior beneficiam da jornada completa, aproveitando os dez meses de comunicação do festival para promoverem os seus produtos de forma diferenciada, com um nível de atenção também ele diferenciado”.
Provando que a relação do Rock in Rio Lisboa com as empresas é cada vez mais estreita, Roberta Medina anuncia, também, a criação de um novo espaço, chamado Smart City of Rock, no qual as empresas podem mostrar as suas inovações tecnológicas, testar ideias e mostrar como a tecnologia pode ser aplicada. “A tecnologia é mais um pilar de comunicação. Já temos o da música e do entretenimento, que é mais fácil de comunicar. Temos o da sustentabilidade, que já é reconhecido. E agora temos mais este”. O espaço terá capacidade para 700 pessoas sentadas e 2500 em pé.