
Os dados foram hoje divulgados pelo gabinete estatístico comunitário, o Eurostat, que indicou que, em 2024, o emprego cultural representou 3,8% do emprego total na UE (num total de 7,9 milhões de pessoas), com valores entre um mínimo de 1,6% na Roménia e um máximo de 5,3% nos Países Baixos.
Em Portugal, esta percentagem foi de 3,9% (197 mil pessoas).
"De um modo geral, a quota de emprego cultural foi mais elevada nos países ocidentais e do norte da UE do que nos do leste e sul", observou o Eurostat.
Face ao ano homólogo anterior, em 2024, o emprego cultural na UE cresceu 1,9%.
No ano passado, registou-se também o menor hiato de género no emprego cultural, com quatro milhões de homens e 3,93 milhões de mulheres a trabalharem no setor.
A participação feminina no emprego cultural (49,6%) superou a sua proporção no emprego total (46,4%).
Quanto à faixa etária, os grupos etários mais representados na cultura foram os com idades entre 30 e 39 anos, os maiores de 65 e os entre 15 e 29 anos, com menor percentagem nos grupos 40-49 e 50-64.
Quanto à escolaridade, 62,3% dos trabalhadores culturais tinham ensino superior, 30,4% ensino secundário e 7,1% níveis mais baixos.
Acresce que quase um terço (31,7%) dos trabalhadores culturais era trabalhador por conta própria, face a 13,6% na economia em geral.
Em 2024, havia cerca de 1,79 milhões de artistas e autores na UE, correspondendo a 22,6% do emprego cultural.
Desses, cerca de 45,1% eram trabalhadores independentes, acima da média (13,6%).
Em Portugal, mais de 50% dos artistas e autores trabalhavam no ano passado por conta própria.
Os dados sobre o emprego cultural provêm de inquéritos realizados na União Europeia e abrangem trabalhadores em atividades económicas consideradas culturais.