
Em causa está um painel de azulejo, datado de 1918, da autoria de José António Jorge Pinto, situado na Rua Doutor Álvaro de Castro, no bairro Santos ao Rego.
A proposta foi feita pelo Museus e Monumentos de Portugal (MMP) à ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, com base num parecer da Secção dos Museus, da Conservação e Restauro e do Património Cultural Móvel, de 05 de maio deste ano.
"Encontrando-se este painel em risco de destruição em virtude da demolição do edifício onde se encontra aplicado, recomenda-se a sua classificação como bem móvel de interesse público, uma vez que se trata de uma peça rara da azulejaria portuguesa, com valor cultural de importância nacional, cuja perda constituiria um grave dano para o património cultural português", pode ler-se no anúncio.
O documento contém também um parecer do diretor do Museu Nacional do Azulejo, João Pedro Monteiro, que classifica este painel como "uma das grandes peças da azulejaria Arte Nova em Portugal".
"O painel representa uma figura feminina jovem, segurando um leque japonês, contra um fundo que evoca favos de mel, numa técnica que lembra a aplicação de processos fotográficos na cerâmica. É precisamente este aspeto inovador (para a época) que dota o painel do seu caráter único, lembrando as imagens então divulgadas em revistas como a llustração Portuguesa e de que não se conhece mais exemplares com esta estética", conclui o anúncio.