
Julian Casablancas admitiu que os Strokes só se mantêm no ativo "por razões financeiras”.
Em entrevista à “Rolling Stone Italia”, o vocalista foi questionado sobre o porquê de não lançar música nova com os Strokes desde 2020, tendo optado ao invés por gravar com os The Voidz.
“Quando comecei a fazer música, a lutar pelos meus sonhos e pela minha visão, tinha uma ideia muito clara sobre a forma como queria que as coisas evoluíssem”, começou por dizer.
“A minha viagem com os Strokes tornou-se algo diferente daquilo que me atraiu inicialmente à música. Entrámos num circuito que só nos manteve juntos por razões financeiras. A criatividade da banda passou para segundo plano”.
“Cheguei, por isso, à conclusão de que não era assim que eu queria ter crescido”, continuou.
“Há uma frase do Miles Davis que é: o risco a sério é não mudar. É por isso que quero sentir sempre que estou a explorar algo desconhecido. Se fizer dinheiro, ótimo, mas não quero ficar parado. Não estou à procura da segurança conferida pelo status quo”.
“Se alguém quiser continuar a criar, tem de estar pronto para mudar. Mesmo que isso signifique a morte de algo que lhes é próximo”, rematou.