A subida dos preços das casas em Portugal Continental voltou a acelerar no segundo mês do ano, tendo sido observado um aumento de 2,1% face a janeiro - a maior subida mensal desde dezembro de 2023, mostram os dados divulgados esta segunda-feira pela base de dados Confidencial Imobiliário.

A nível homólogo a aceleração também é visível. Em fevereiro, os preços das casas subiram 13,6% face ao mesmo mês de 2024, o que compara com uma subida de 11,9% em janeiro. A valorização homóloga registada em fevereiro é a mais elevada desde setembro de 2023 (igual valor).

Recorde-se que, em setembro desse ano, a subida de preços estava a abrandar devido à perda de dinâmica da procura.

Por sua vez, as vendas continuam na trajetória de crescimento do último ano. Nos três meses compreendidos entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, a Confidencial Imobiliário estima a transação de 42.365 fogos em Portugal Continental, um volume que representa um aumento de 2,9% face às 41.150 transações estimadas para os três meses antecedentes (entre setembro e novembro de 2024).

Cerca de 13% das vendas estimadas para os últimos três meses, entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, estarão concentradas no segmento de habitação nova e os restantes 87% no segmento de usados.

No período analisado pela Confidencial Imobiliário, o preço médio de venda das casas em Portugal Continental atingiu 2634 euros por metro quadrado (3759 euros na habitação nova e 2747 euros na habitação usada).

Subida de preços em 2025

No início do ano, agentes do sector indicavam ao Expresso que a subida de preços em 2025 iria continuar, mas que iria abrandar - o que, pelo menos nos primeiros dois meses do ano, não se verifica.

Na altura, os especialistas explicaram que no início do ano ainda era expectável que houvesse subidas de preços acentuadas, pois a primeira metade do ano deveria ser mais “dinâmica” a nível de procura graças a várias medidas que incentivaram a procura, bem como o facto dos juros estarem mais baixos.

Em simultâneo, era previsto que a oferta continuasse praticamente igual, mantendo-se assim a discrepância entre oferta e a procura. Contudo, previam que a procura acabaria por estabilizar na segunda metade do ano - o que fica ainda por confirmar.