No ano fiscal entre outubro de 2023 e setembro de 2024, as receitas do grupo alemão Siemens cresceram 3% (em base comparável) para 75,9 mil milhões de euros, enquanto as encomendas caíram 6% (em base comparável) para 84,1 mil milhões de euros.

O resultado líquido aumentou 5% para 9.000 milhões de euros, um valor recorde, tendo a empresa proposto um aumento de dividendo para 5,20 euros por ação (no ano anterior o dividendo foi de 4,70 euros).

Para o ano fiscal de 2025, a Siemens diz que espera um crescimento das receitas (em base comparável) entre os 3% e os 7%. Uma previsão que tem como pressupostos, segundo o grupo, um crescimento macroeconómico moderado, incerteza relacionada com conflitos comerciais e geopolítica e menor procura do setor da indústria transformadora.

Em conferência de imprensa, na Alemanha, os responsáveis da Siemens admitiram hoje que o grupo poderá cortar até 5.000 postos de trabalho em todo o mundo na área de negócio de indústrias digitais, devido à descida do negócio da automação de fábricas, segundo a agência EFE.

"Teremos que fazer um ou dois ajustes em todo o mundo", disse o presidente executivo Roland Busch, sobre a divisão de indústrias digitais.

Segundo a France Presse, a redução nas vendas no negócio de indústria digital deve-se sobretudo à queda nas encomendas da China, um mercado-chave para a Siemens. O grupo também não está imune à crise do modelo exportador alemão, que perde competitividade para concorrentes chineses e norte-americanos.

O grupo alemão Siemens está presente em Portugal há 118 anos e empregava, em 30 de setembro de 2023, 3.683 funcionários, segundo fonte oficial.

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