
"Sabemos bem o que eles querem. PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal o que querem é pôr o dinheiro da Segurança Social nas negociatas, na roleta das negociatas. Eles não estão a pensar no futuro, eles estão a preparar hoje o assalto à Segurança Social", afirmou Paulo Raimundo.
Esta é "uma ambição muito antiga de toda a direita", numa porta que "o Partido Socialista abriu", disse o secretário-geral do PCP, que discursava num almoço da CDU nos Bombeiros Voluntários de Beja.
Paulo Raimundo alertou que a direita quer "aumentar o tempo da idade da reforma" e acabar com as reformas antecipadas, ao mesmo tempo que quer "pôr a mão no dinheiro da Segurança Social".
"Não é pôr a raposa no galinheiro. Eles querem pôr a galinha na toca das raposas", referiu.
Naquele que é o Dia Mundial da Segurança Social (SS), o líder comunista centrou-se no tema, recordando que a SS em Portugal "é pública, universal e solidária" e um "património dos trabalhadores".
"A Segurança Social está bem e está sustentável. O único problema da Segurança Social são os 40 mil milhões [de euros] que lá tem nos cofres do dinheiro do trabalho e são esses 40 mil milhões que lá tem que são alvo do apetite dos abutres de sempre", alertou.
Paulo Raimundo considerou ainda que quem está preocupado com a sustentabilidade da SS pode apoiar "a única medida que garante isso, que é mais salários, mais salários, mais salários".
No discurso, criticou ainda "os pavões, demagogos e hipócritas" que propõem cortes em apoios, recordando que, sem apoios sociais, não seriam 300 mil, mas 500 mil crianças em situação de pobreza.
JGA // PC
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