Há cerca de sete meses, o nome de Carolina Barbeira ecoou como o da grande vencedora da 20ª edição do Prémio Primus Inter Pares, uma iniciativa promovida pelo Expresso e pelo Banco Santander para distinguir os líderes do futuro. Como primeira classificada, Carolina teve a possibilidade de escolher em que instituição realizar um MBA (Master of Business Administration), tendo a sua escolha recaído sobre o IESE, em Barcelona, onde deverá ingressar em 2027 ou 2028.
“O prémio foi muito positivo porque abriu-me muitas portas. Tive oportunidade de ter contacto com pessoas diferentes, de áreas diferentes, com posições diferentes e deu-me novas perspetivas para o futuro”, desabafou a antiga vencedora. “Espero que o MBA me abra novas portas e que funcione como uma rampa de lançamento na minha carreira profissional”, acrescentou.
O Prémio está de volta para uma nova edição. Este ano, o concurso apresenta novidades não só no prémio atribuído, mas também no perfil dos finalistas selecionados. O tradicional MBA, anteriormente oferecido aos três primeiros classificados, deixa de ser atribuído. Em alternativa, passam a ser concedidas cinco bolsas de mérito para mestrados em universidades portuguesas, no valor de €10 mil. Esta alteração pretende responder a um problema estruturante em Portugal: a elevada taxa de desistência dos estudantes na transição da licenciatura para o mestrado por dificuldades económicas.
“O ensino superior em Portugal é de alta qualidade”, salientou Francisco Pedro Balsemão, presidente executivo do Grupo Impresa. “Esta abordagem torna o prémio mais acessível, mais relevante e com impacto mais imediato na vida dos jovens”, concluiu.
As candidaturas estarão abertas de 1 de setembro a 31 de outubro de 2025
“Os mestrados são o passo seguinte mais direto para estudantes licenciados e permitem intervir mais cedo no percurso de quem se destaca”, afirmou Pedro Castro e Almeida, presidente executivo do Santander Portugal, salientando que o país é um dos membros da OCDE “onde o contexto socioeconómico mais influencia a continuidade dos estudos — nomeadamente na passagem da licenciatura para o mestrado”. É por esse motivo que, este ano, os critérios de seleção passam a integrar, pela primeira vez, a situação socioeconómica dos candidatos.
Critérios de seleção
Este prémio destina-se a estudantes do último ano de licenciatura e a licenciados de todas as áreas académicas, desde que cumpram alguns requisitos: ter nacionalidade portuguesa, idade até 25 anos no momento da candidatura, frequentar uma instituição de ensino superior em Portugal e possuir uma média académica igual ou superior a 14 valores. Com esta renovação, os processos de candidatura e seleção deverão ser mais ágeis e rápidos, contando com o apoio da consultora Argo Partners.
“Este não é um prémio que está à procura de quem é que tem as melhores notas ou de quem é que fez mais atividades extracurriculares na faculdade. O prémio está à procura de pessoas que são genuínas, com de liderança”, explicou Carolina Barbeira. “O meu grande conselho é que as pessoas sejam fiéis a elas próprias”, acrescentou.
As candidaturas estarão abertas de 1 de setembro e 31 de outubro de 2025. A primeira fase consiste no preenchimento de um formulário disponível na Open Academy, a plataforma de e-learning e formação do Banco Santander. As etapas seguintes incluem testes psicométricos e entrevistas (individuais ou em grupo), realizados online. Concluída a fase inicial de seleção, um grupo de 10 finalistas será apresentado a um júri que, este ano, conta com novos membros. Este novo painel de jurados procura assegurar uma maior diversidade de perspetivas na avaliação, alinhado com o objetivo de ampliar o perfil dos premiados.
Farão parte do júri Martim Sousa Tavares, maestro de profissão; Nuno Maulide, químico e professor na Universidade de Viena; Sara do Ó, CEO do Grupo Your; e os habituais membros Raquel Seabra, atual administradora executiva da Sogrape e antiga vencedora do prémio, Francisco Pedro Balsemão e Pedro Castro e Almeida.