O Presidente angolano, João Lourenço, disse a instantes que os actos de vandalismo contra empresas e estabelecimentos comerciais de privados “só vêm desencorajar o investimento privado e, com isso, reduzir a oferta de bens e serviços e de emprego para a nossa população, por isso esses actos ocorridos só podem ser entendidos como actos de sabotagem à economia, com vista a agravar ainda mais a situação social que vivemos”.

Numa mensagem em reacção aos actos de vandalismo e pilhagem que se verificaram em vários pontos do país, o chefe de Estado referiu que o início desta semana, durante cerca de dois dias, o país viveu momentos de angústia com os tumultos ocorridos cujo epicentro foi a cidade de Luanda.

“A greve e as manifestações são direitos dos cidadãos consagrados na Constituição e na Lei, quando elas se realizam com o fim único de reclamar direitos ou protestar contra eventuais incumprimentos ou violações desses direitos por parte dos poderes públicos ou entidades patronais”, referiu.

O que se assistiu desde Segunda-feira, explicou, foram actos premeditados de destruição de património público e privado, assalto e pilhagem de estabelecimentos comerciais, ameaças e coacção a pacatos cidadãos para não circularem, não se apresentarem ao trabalho mesmo usando meios próprios de locomoção e não sendo taxistas, única classe que declarou greve.

“Isto é grave, isto é crime punível e condenável. Evidentemente que as forças da ordem actuaram no quadro das suas obrigações e, por isso, a ordem foi prontamente restabelecida, a vida voltou ao normal mas as consequências dos actos protagonizados por cidadãos irresponsáveis manipulados por organizações antipatriotas nacionais e estrangeiras através das redes sociais, trouxe o luto, a destruição de bens públicos e privados, a redução da oferta de bens essenciais e de serviços às populações e o desemprego dos angolanos que trabalhavam nesses estabelecimentos comerciais”, lamentou.

João Lourenço condenou veementemente tais actos criminosos, lamentando a perda de vidas humanas e aproveitou a oportunidade para expressar os mais profundos sentimentos de pesar a todas as famílias enlutadas e votos de rápidas melhoras aos feridos como consequência dos tristes acontecimentos.

“Dirigimos os nossos agradecimentos às forças da ordem, aos órgãos da justiça, aos profissionais da saúde, que prontamente atenderam os feridos nas nossas unidades hospitalares com o fito de salvar vidas, aos partidos políticos, igrejas, organizações da sociedade civil e todos quantos, de forma clara e sem ambiguidade, se pronunciaram publicamente, condenando a barbárie que assistimos nestes dias”, acrescentou.