
O presidente do Eurogrupo, fórum que reúne os ministros das Finanças dos países da zona euro, reforçou nesta segunda-feira que é necessário simplificar o ambiente regulamentar da Europa para promover a sua competitividade no mundo. “Um quadro previsível, competitivo e justo é essencial para que as empresas possam prosperar. Para preservar a prosperidade europeia, temos de acelerar as reformas, melhorar a qualidade da regulamentação e reduzir efetivamente os encargos administrativos, à medida que trabalhamos para revitalizar o mercado único para o crescimento futuro”, referiu Paschal Donohoe, no âmbito do diálogo macroeconómico, que reuniu em Bruxelas líderes do Banco Central Europeu (BCE), da Comissão Europeia (CE), do Conselho da União Europeia e alguns parceiros sociais.
No debate sobre a evolução recente da situação económica, Andrzej Domański, ministro das Finanças que exerce atualmente a presidência do Conselho, reforçou que “a promoção da competitividade da UE é a principal prioridade da Presidência polaca”, destacando que “existem obstáculos regulamentares que contribuem para a fragmentação do mercado único dos serviços”.
O próximo diálogo macroeconómico será organizado durante a presidência dinamarquesa, que terá lugar de julho a dezembro de 2025. Neste âmbito, Stephanie Lose, ministra dos Assuntos Económicos da Dinamarca, sublinhou que o reforço da competitividade europeia será um tema “fundamental” da Presidência dinamarquesa. Para tal, acrescenta, “é necessário aumentar o crescimento da produtividade na Europa através de esforços contínuos de reforma a nível nacional. As reformas que promovem uma força de trabalho qualificada e mercados de trabalho flexíveis em toda a Europa são meios vitais para este fim”. Por conseguinte, a Presidência dinamarquesa tenciona debater esta questão no próximo diálogo macroeconómico a nível político, previsto para novembro de 2025, avançou.
A Comissão Europeia espera que a economia europeia continue a crescer, porém, as perspetivas gerais estão envoltas em incerteza devido à evolução do comércio internacional e às elevadas tensões geopolíticas.
“A Comissão está empenhada em aprofundar o mercado único para que este atinja o seu pleno potencial e contribua para impulsionar o crescimento económico. O nosso compromisso com os parceiros sociais é crucial para identificarmos as melhores políticas para atingir este objetivo”, refere, por sua vez, Valdis Dombrovskis, comissário responsável pela economia e produtividade da Comissão Europeia.
Do lado dos parceriso sociais, por sua vez, Markus J. Beyrer, diretor-Geral da BusinessEurope, sublinha que “a economia da UE continua a ter um desempenho inferior ao dos seus concorrentes, o que se deve em grande parte a uma carga regulamentar muito mais pesada para as empresas da UE”. Para apoiar os esforços da UE a reduzir a carga regulamentar, esta organização propõe uma lista de 68 sugestões ara colocar em prática a vontade demonstrada por Bruxelas. “Congratulamo-nos com o primeiro Omnibus de Simplificação da CE, que representa um marco significativo para tornar a Europa um lugar melhor para fazer negócios e aborda várias das preocupações que expressámos anteriormente, propondo a redução de relatórios desnecessários e encargos regulamentares. No entanto, embora a orientação destas primeiras ações da UE seja correta, a sua concretização será crucial”, acrescenta Beyrer.