As novas operações de empréstimos aos particulares (incluindo renegociações) totalizaram 3,08 mil milhões de euros em junho, menos 321 milhões face a maio, tendo os novos contratos recuado 184 milhões para 2,73 mil milhões de euros, segundo o Banco de Portugal (BdP). Segundo os dados divulgados pelo banco central, na finalidade de habitação, o montante de novos contratos desceu 121 milhões de euros, para 1,9 mil milhões de euros.
O crédito concedido a mutuários com idade igual ou inferior a 35 anos representou 61% do montante de novos contratos para habitação própria permanente concedidos em junho (excluindo os novos contratos para consolidação de crédito e as transferências de crédito para outra instituição), menos um ponto percentual (pp) do que no mês anterior.
Já na finalidade de consumo, o montante dos novos contratos atingiu 557 milhões de euros, menos 72 milhões do que em maio, enquanto o montante de novos contratos de crédito para outros fins aumentou oito milhões de euros, para 269 milhões de euros.
As renegociações de crédito foram de 352 milhões de euros, o que corresponde a uma redução de 137 milhões de euros em relação a maio.
A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação diminuiu pelo quinto mês consecutivo, passando de 2,97%, em maio, para 2,91% em junho. Nos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média de novas operações atingiu 8,86% em junho, e, nos empréstimos para outros fins, desceu 0,19 pp para 3,54%.
No que se refere às empresas, em junho, o montante de novas operações de empréstimos concedidos foi de 3 mil milhões de euros, um aumento de 238 milhões de euros relativamente ao mês anterior. De acordo com o BdP, o montante de novos contratos não se alterou em junho, fixando-se em 2,54 mil milhões, enquanto os contratos renegociados subiram 238 milhões de euros para 464 milhões.
As novas operações de empréstimos até um milhão de euros atingiram 1,46 mil milhões de euros em junho, menos 309 milhões do que em maio, enquanto as novas operações de empréstimos acima desse valor aumentaram 547 milhões de euros, para 1,55 mil milhões. A taxa de juro média das novas operações de empréstimos às empresas desceu 0,05 pp, passando de 3,74% em maio para 3,69% em junho.
O banco central detalha que essa redução se verificou apenas nos empréstimos até um milhão de euros (-0,03 pp, para 3,83%), já que os empréstimos acima desse limite viram a taxa de juro média aumentar 0,03 pp para 3,57%.
No segundo trimestre de 2025, as taxas de juro médias desceram em todos os principais setores de atividade. Assim, o setor do comércio, transportes, alojamento e restauração, que representou 33% do ‘stock’ de empréstimos a empresas, apresentou uma queda da taxa de juro média de 0,35 pontospp em relação ao trimestre anterior, para 3,83%. No setor das indústrias, eletricidade, gás e água, a taxa de juro média desceu 0,42 pp, para 3,56%. Já a taxa de juro média do setor da construção e atividades imobiliárias foi de 3,90%, menos 0,35 pp do que no trimestre anterior.
Em conjunto, estes três setores de atividade representaram 80% do ‘stock’ de empréstimos a empresas.
Agência Lusa
Editado por Jornal PT50