
As criptomoedas são ativos especulativos de elevada volatilidade porque o seu valor é gerado pela perceção das pessoas, e a perceção das pessoas, pode mudar em qualquer altura.
Funcionam de forma descentralizada, ao contrário dos investimentos a que estamos habituados, como as ações e obrigações, associados a empresas que geram lucros ou ao Estado que coleta impostos.
Com a aprovação do ‘Markets in Crypto-Assets Regulation’ ou Mica, a nível europeu, várias plataformas passaram a estar autorizadas a fornecer os seus serviços na União Europeia tendo já uma regulamentação por base.
Para Tiago Martins, especialista da Deco Proteste “é importante garantir que se está a investir através de uma plataforma fidedigna e ter em conta as comissões cobradas.”
Ainda assim a Deco não recomenda o investimento em criptomoedas, tendo em conta a extrema volatilidade do mercado.
Mas quem quiser começar a investir, a Deco aconselha a que opte pelas moedas com maior capitalização e estabilidade no mercado: a Ethereum e a Bitcoin.
Estas moedas têm um risco de manipulação muito menor, por serem as maiores do mercado.
João Queiroz, do Banco Carregosa, considera que as criptomoedas são “caracterizadas por elevado ou extremo risco, o que significa que os investidores devem estar preparados para potenciais perdas”. Mas acredita que “já existe uma relativa segurança, se utilizadas corretamente”.
Para João Queiroz, hoje em dia, tendo em conta a evolução dos instrumentos financeiros sobretudo quanto aos fundos listados em bolsa os “ETF”, há um outro nível de perceção de segurança comparando com os outros criptoativos.
Por isso, defende que os “ETF são o meio mais adequado de quem quer investir neste tipo de ativos.”
Aconselham a escolha de um intermediário financeiro com “algum histórico, de preferência, conservador e que invista, numa fase inicial, com pequenas quantias, para não ter um grande impacto financeiro”.
As fraudes, neste tipo de investimentos, acontecem normalmente através de Whatsapp, e-mail ou redes sociais com a mensagem de que a empresa que os está a contactar tem criptomoedas em seu nome e que tem de pagar uma comissão para desbloquear a conta.
Não deve responder nem carregar em links da mensagem, deve denunciá-la às autoridades e à plataforma que foi utilizada para a enviar.
Deve ainda estar atento quando impõem pressa e urgência e quando prometem ganhos rápidos e elevados sem risco, “quando se sabe que a possibilidade de um ganho elevado está sempre associado a um risco” remata o especialista da DECO.
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