
A Medialivre, grupo de media que detém o Correio da Manhã, a CMTV, o Negócios, o Record e a Sábado, entre outros meios de comunicação social, diz que o despedimento coletivo de 10 fotojornalistas anunciado esta quarta-feira se enquadra num ato de “boa gestão”.
“Nos últimos meses a empresa recrutou mais de 100 novos colaboradores para diversas áreas de desenvolvimento. Dentro da boa gestão, vamos reduzir até 10 postos de trabalho, numa área específica onde a empresa tem recursos em excesso para a sua atividade. A empresa conta com 730 trabalhadores", afirma fonte oficial da empresa que é participada em 30% pelo futebolista Cristiano Ronaldo.
Esta quarta-feira o Sindicato dos Jornalistas criticou duramente a decisão da Medialivre (ex-Cofina). Num comunicado com o título “Empresa de Cristiano Ronaldo comunica despedimento coletivo na véspera do dia do trabalhador”, o sindicato diz que “tomou conhecimento, com surpresa e choque, da intenção da Medialivre proceder a um despedimento coletivo, focado nos fotojornalistas”.
E acrescentou que “anunciar um despedimento coletivo na véspera do Dia do Trabalhador, que assinala mundialmente para as conquistas laborais do passado, cada vez mais deterioradas, é inqualificável”, apelando a uma mobilização contra a medida.