O desempenho das contas dos CTT no primeiro semestre deste ano foi globalmente positivo. Os Correios viram o lucro crescer 11,7% para 22,1 milhões de euros face ao período homólogo de 2024 e os rendimentos operacionais subirem 13,9% para 597,3 milhões.

"Este crescimento sólido e continuado foi impulsionado pelo forte desempenho do Expresso e Encomendas - onde está incluída a consolidação da Cacesa a partir de 30 de abril de 2025 - bem como pelo crescimento continuado do Banco CTT e pelo aumento da colocação de dívida pública nos Serviços Financeiro", detalham os CTT, na nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

A receita do segmento do Expresso e Encomendas ascendeu a 270,6 milhões de euros, mais 28,6% do que no semestre homólogo, e, segundo os CTT, foi a área que mais contribui para a receita dos CTT (45%). Os CTT investiram na compra da empresa espanhola 106,9 milhões de euros. "A aquisição da Cacesa, concluída 30 de abril de 2025, fortaleceu a posição de liderança dos CTT no desalfandegamento e reforçou o seu portfólio na Península Ibérica".

Serviços financeiros crescem

Em destaque esteve também o segmento do Banco e Serviços Financeiros, que atingiram os 90,2 milhões de euros de rendimento operacional, mais 23,1%. O resultado foi impulsionado, segundo os CTT, pelo "aumento da colocação de dívida pública, que mantém o ritmo de recuperação", depois do recuo no primeiro semestre de 2024, e pelo "crescimento sustentado do Banco CTT". O banco dos correios tem hoje 700 mil contas, e o objetivo é continuar a crescer.

Foram colocados 1,17 mil milhões de euros em dívida pública, mais 13,4% do que no semestre homólogo de 2023. Contributo positivo também para a venda de planos de saúde, que cresceu 49,8% para 38,6 milhões de euros.

Em sentido contrário estiveram as receitas do correio tradicional que mantém a trajetória de quebra, tendo recuado 10,5% para 88,9 milhões de euros.

Vai continuar a haver corte de custos, avisam os correios. "Num contexto de alguma volatilidade nas receitas do Correio e de irregularidades no EBIT do Correio, continuaremos a adotar iniciativas de redução de custos", afirmam em comunicado.

Os gastos operacionais dos CTT cresceram 12,6% para 510,6 milhões de euros.