O ministério da Agricultura moçambicano disponibilizou 17,2 milhões de euros para financiar a cadeia de produção de sementes, melhorar instalações de conservação e equipamentos para a produção.

De acordo com o ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Albino, citado em comunicado, o objectivo é transformar a agricultura num negócio rentável, para alcançar uma escala de produção que permita alimentar Moçambique.

“O valor é destinado aos ‘agrodealers’, vendedores de produtos agrícolas, as empresas produtoras de sementes, modernização dos armazéns, aquisição de camiões e contratação de multiplicadores de sementes. Também é destinado aos produtores que queiram produzir em grande escala para fornecer às agroindústrias e para comparticipação na compra de tratores e motobombas”, referiu o ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas moçambicano, em comunicado.

Os adubos e fertilizantes, explicou Roberto Albino, não serão distribuídos gratuitamente, mas admitindo a excepção aos camponeses em risco de vulnerabilidade, através do apoio do Instituto Nacional de Gestão de Desastres, para atender a “situações de emergência e com o Programa Mundial de Alimentos para criar reservas agrícolas estratégicas”.

O governante referiu igualmente das reformas necessárias em curso na cadeia de sementes, e explicou que a digitalização dos serviços ganha destaque por permitir o registo e o rastreio dos actores da produção local de sementes e por limitar a circulação e venda de sementes falsas assim como actos de corrupção.

“Todos os programas de financiamento que o ministério irá facilitar, só irão operar pelas plataformas digitais, nas quais os agentes da cadeia de sementes devem se registar para evitar a existência de agricultores, provedores e outros operadores fantasmas. Quem não estiver registado no sistema, não poderá beneficiar dos financiamentos disponibilizados pela instituição”, ressaltou Roberto Albino, citado pela Lusa.