
O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva afirmou esta Quinta-feira, 31, que Cabo Verde tem um “Estado social forte”, com políticas para combater a pobreza, e que o país quer atingir o estatuto de rendimento alto nos próximos 10 anos.
Na abertura do debate que encerra o ano parlamentar, marcado pelo balanço dos últimos nove anos de governação, a um ano das legislativas, Ulisses Correia e Silva afirmou que Cabo Verde tem um Estado social forte, estruturado, com políticas orientadas para eliminar a pobreza extrema, reduzir a pobreza absoluta e dar autonomia e mobilidade social e económica às famílias.
O chefe do Governo disse que a economia cabo-verdiana cresceu, em média, 9% entre 2021 e 2024, após uma quebra de 20,8% em 2020 devido à pandemia de covid-19, e que o país é actualmente classificado como de rendimento médio alto, graças ao crescimento económico “robusto e consistente”.
“A nossa ambição é atingir o patamar de país de rendimento alto, com um crescimento económico de dois dígitos, consistente no tempo, nos próximos 10 anos”, declarou.
Segundo Ulisses Correia e Silva, entre 2016 e 2025, mais de 48 mil pessoas saíram da pobreza absoluta, cerca de 11 mil da pobreza extrema e mais de 10 mil do desemprego.
“Com a continuação e reforço do crescimento económico, de políticas de inclusão e protecção social, iremos reduzir ainda mais o desemprego e a pobreza e muito mais pessoas irão sentir os benefícios do crescimento económico”, afirmou Silva.
No sector social, diz a Lusa, destacou o reforço do rendimento social de inclusão, que beneficiou 46 mil famílias entre 2020 e 2025, o aumento da pensão social, mais apoio a idosos e pessoas com deficiência.