A Galp, a Namcor e a Custos registaram, perfuraram e recolheram amostras do poço Mopane três num bloco na Namíbia, onde foi descoberto petróleo.

"A Galp (80%), juntamente com os seus parceiros Namcor e Custos (10% cada), perfurou, recolheu amostras e realizou a operação de registo do poço de avaliação Mopane-1ª (Poço #3), no bloco PEL83", lê-se num comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo a mesma nota, a Galp e os seus parceiros vão continuar a analisar todos os dados adquiridos, enquanto avançam com as atividades subsequentes.

No poço Mopane-1A foi encontrado óleo e gás condensado num reservatório de alta qualidade, indicando "boas porosidades, altas permeabilidades e altas pressões", assim como petróleo com baixa viscosidade e com mínimas concentrações de CO2 (dióxido de carbono).

Em outubro, o presidente executivo (CEO) da Galp, Filipe Silva, afirmou, numa conferência com analistas, que a petrolífera deverá manter a atual participação de 80% no projeto de exploração de petróleo na Namíbia até finais de 2025, quando concluirá os trabalhos de perfuração dos próximos dois poços.

Relativamente ao investimento envolvido no projeto, o CEO prevê que o custo de 75 milhões de euros por cada poço perfurado terá tendência a baixar: "Na Namíbia, o 'capex' e os nossos custos por poço estão a descer. Conhecemos melhor o local, há muito mais competição entre fornecedores de serviços e temos um maior conhecimento da geologia, por isso o custo do investimento está a descer muito rapidamente", explicou.

Na sessão de hoje da bolsa, as ações da Galp recuaram 0,29% para 15,54 euros.