O nome do 20.º vencedor do prémio Primus Inter Pares - uma parceria entre o jornal Expresso e o Banco Santander - foi conhecido esta quarta-feira, numa cerimónia que envolveu antigos vencedores, finalistas, familiares e amigos.
Pela voz do apresentador João Manzarra, Carolina de Oliveira e Barbeira foi distinguida como a grande contemplada da noite e vai ter a oportunidade de escolher um MBA (Master in Business Administration) numa instituição em Portugal ou no estrangeiro.
Ao Expresso, Carolina Barbeira, de 24 anos, com mestrado em Engenharia e Gestão Industrial, confessou que não se candidatou “a achar que era impossível [ganhar]”, mas que depois de conhecer os candidatos com os quais acabaria por competir, a confiança foi-se tornando menos evidente. Questionada sobre a experiência em si, Carolina respondeu que apesar de ter sido desafiante, foi igualmente gratificante.
“Foi uma grande experiência de autoaprendizagem e foi fenomenal. Acho que cresci imenso, conheci imensas pessoas e conheci-me melhor a mim própria”, acrescentou.
Quanto ao futuro, Carolina tem a ambição de constituir família em Portugal e de ter uma carreira no mesmo país, mas não descarta eventuais oportunidades que possam surgir no estrangeiro.
O segundo classificado da noite foi Francisco Verdelhos, de 23 anos, com mestrado também em Engenharia e Gestão Industrial. Com a medalha de bronze ficou Paula Coimbra, de 28 anos, com Mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica. Foi a primeira finalista, em 20 edições, com uma área de formação ligada à saúde. Nos quartos lugares ficaram Pedro Rodrigues, de 23 anos, com Mestrado em Engenharia e Ciência de Dados e, ainda, Margarida Rios, de 24 anos e com Mestrado em Engenharia Florestal e dos Recursos Naturais.
A decisão foi tomada pelo júri do concurso, constituído por Francisco Pinto Balsemão, presidente do Conselho de Administração do grupo Impresa, Pedro Castro e Almeida, presidente executivo do Banco Santander Portugal, Estela Barbot, international senior advisor da consultora Roland Berger, Raquel Seabra, administradora da empresa Sogrape (e ex-finalista do concurso), Miguel Poiares Maduro, professor universitário no Instituto Universitário Europeu, em Florença, e ex-ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional e António Vitorino, ex-Diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
De acordo com o regulamento do prémio, os primeiros três classificados têm a oportunidade de escolher um MBA, sendo que apenas um deles pode optar por inscrever-se numa instituição no estrangeiro. A prioridade de escolha é atribuída ao primeiro classificado. Já os quartos classificados recebem um curso de pós-graduação, num estabelecimento de ensino português.
Antigos vencedores do Prémio marcaram presença na 20ª edição do concurso
Antes mesmo de serem anunciados os resultados mais aguardados da noite, a cerimónia contou com o testemunho de alguns dos antigos vencedores do Prémio Primus Inter Pares. A primeira convidada foi Inês Bernardo, a vencedora da primeira edição e que atualmente vive em Madrid. À distância, Inês fez uma breve síntese da sua experiência enquanto antiga participante e deixou uma mensagem de encorajamento aos cinco finalistas.
O segundo a falar foi Miguel Ramos, vencedor da quarta edição do prémio e que atualmente está a trabalhar na Google, em Londres. Na sua intervenção, o antigo vencedor salientou a importância do prémio na sua vida pessoal e profissional.
Também Carolina Monteiro, a vencedora da 12.ª edição (que também vive em Madrid) acabou por deixar o seu testemunho enquanto antiga candidata. Durante o seu discurso, Carolina recordou as palavras do jurado Francisco Pinto Balsemão, no ano em que concorreu: “Este é um concurso que pretende premiar bons cidadãos”.
A cerimónia contou ainda com o pronunciamento de Pedro Castro e Almeida, presidente-executivo do Santander Portugal e jurado do prémio. No seu discurso acabou por congratular a diversidade de candidaturas que marcaram a atual edição, enfatizando a importância de existirem candidatos com idades, sexos e backgrounds diferentes.
Também Francisco Pedro Balsemão, presidente executivo do grupo Impresa, salientou a mesma questão. “Temos aqui hoje uma pianista muito boa, temos um xadrezista, temos uma pessoa que participou nas olimpíadas portuguesas de biologia, temos uma pessoa que foi bombeira voluntária, um judoca federado, portanto temos aqui cinco pessoas que são muito distintas”, comentou, referindo também que é essa diversidade “que faz do Prémio Primus Inter Pares aquilo que é”.
Este ano, candidataram-se 160 jovens, o número mais alto de sempre. Como forma de celebrar os seus 20 anos de existência, a nova edição do Prémio Primus Inter Pares foi alargada aos finalistas de mestrados de todas as áreas de formação académica. Até agora, era dirigido somente aos finalistas de mestrados de Gestão, Economia e Engenharia. O limite de idade de inscrição também foi alargado, passando dos 25 para os 28 anos.