Ensinar os jovens universitários a ter uma componente prática daquilo que estudam é o maior objetivo da JE Portugal, que no dia 22 celebrou as suas conquistas e apontou ao futuro no JEDay, o dia mundial das Júnior Empresas. E o que estes universitários fazem não é brincadeira: a maior prova é o volume de negócios que geram, que já ultrapassa o meio milhão de euros.
O dinheiro é usado para promover iniciativas estudantis e financiar os próprios negócios. Reinvestir para crescer, no fundo. "A ambição é que existam mais Júnior Empresas e mais instituições de ensino superior envolvidas, em mais áreas de ensino", explica ao SAPO Ricardo Rodrigues, vice-presidente da Federação Nacional de Júnior Empresas. "Chegar aos politécnicos e às instituições das Regiões Autónomas" é um objetivo de futuro assumido.
Sem fins lucrativos, mas construídas e geridas como empresas, reais pela mão exclusivamente de estudantes universitários, as Júnior Empresas permitem a estes jovens aprender na prática o que lhes é passado nas aulas, enquanto criam soluções e prestam serviços reais a empresas, instituições e clientes individuais, nas áreas de Consultoria, Marketing, Desenvolvimento Tecnológico e Organização de Eventos.
Trata-se de aprender em experiência imersiva, com as mãos na massa. Ou, conforme atesta Ricardo, "não é uma mera linha de currículo". "Esta experiência ajuda-nos até a perceber o que gostamos de fazer e prepara-nos, por exemplo, para a escolha da área de mestrado. Pode ser determinante para escolher o projeto de vida", assegura, em entrevista ao SAPO.
Com presença da ministra da Juventude, Margarida Balseiro Lopes, e Joana Oliveira Costa, a vereadora mais jovem de Lisboa, o JEDay teve em palco pitches de ideias e painéis de debate. E fora da sala principal do Teatro Aberto também se trabalhou, sobretudo na trocar de ideias e contactos entre estudantes de todo o país que estão envolvidos em projetos empresariais júnior. É o que também traz o JE Portugal, uma rede de contactos e a capacidade de encontrar novos caminhos.
Ricardo, que também já fez parte de uma destas estruturas, não hesita em dizer que sente que a experiência impactou positivamente as suas capacidades profissionais e académicas em igual medida, além de promover uma saudável competição entre estudantes e até universidades, que competem pelo lugar de melhor Júnior Empresa.