Vítor Bruno, treinador do FC Porto, realizou - esta sexta-feira - a conferência de imprensa de antevisão à partida diante do Vitória SC e destacou «a dificuldade de jogar no D. Afonso Henriques, assim como o papel de Pepê no ataque azul e branco. O técnico falou ainda do crescimento de Mora e de Gül.

O treinador azul e branco, antes do começo da conferência, deixou ainda uma menção honrosa e de louvor aos que têm feito uma «luta titânica» contra os fogos que assolaram o centro e norte do país, deixando ainda uma «palavra de orgulho» aos jogadores pelo «papel cívico» que têm executado.

Vítor Bruno em discurso direto

Dificuldade de jogar no D. Afonso Henriques: «Terá de ser sempre um grande FC Porto. Coletivamente é uma equipa muito bem trabalhada, qualquer adversário que vai ao D. Afonso Henriques passa por dificuldades. Temos de inspirar os que me rodeiam, que queiram sempre ganhar, ganhar e ganhar. Que isso esteja nas entranhas de todos. Os jogadores não se devem desvincular do plano, mas eles também têm de tomar decisões. Pode sempre emergir um momento de alguém. A beleza do futebol é essa. O futebol é o único desporto do mundo em que uma equipa pode ter total supremacia e não ganhar.»

Em relação aos incêndios: condicionou os treinos?: «Condicionou na forma de abordar o treino, o número de pausas, limpar vias respiratórias, hidratação. Não estava um ar irrespirável, mas com o tempo criava dificuldade.»

Gestão de plantel e o papel de Pepê: «Não falo com eles da boca para fora. Sou muito claro. Muito congruente nas tomadas de decisão. Todos eles são importantes. Não é paleio para a praia. Todos eles vão ser importantes, com planos diferentes. É olhar para o adversário e rentabilizar o tempo entre jogos. O tempo é dos bens mais preciosos que temos. O Pepê aparece duas vezes na cara do golo. Com o Rio Ave apareceu de fora para dentro. São nuances, e não nos lembramos disso pontualmente. Obedece a certas regras. O Pepê pode jogar por trás, à direita, como lateral, apesar de não ficar tão satisfeito.»

O crescimento de Rodrigo Mora: «O Mora terá espaço para crescer, tem estado bem na B, tem feito golos. Mas não só pelo golo, como também pela forma como se entrega ao jogo e respeita o que lhe é pedido. Tem muito talento, mas não podemos colocar um peso às costas que não faz sentido. Quando tiver de ser lançado, será lançado... e já esteve mais longe de acontecer. Temos muitas soluções. Adoro a forma como se entregam. Dá-me um prazer brutal trabalhar com eles. O Castro - na equipa B - também está lá agora para ser uma voz de comando e no auxílio.»

Integração de Deniz Gül: «Achamos que é benéfico que ficasse integrado com o grupo, até para saber o nome dos colegas... às vezes ainda falha um ou outro. Vai começar a jogar. Se amanhã ou mais à frente... fica no ar.»