Sempre com um ar filosófico e reflexivo nas declarações que faz ou nas mensagens que escreve nas redes sociais, Stefanos Tsitsipas, o grego que outrora foi rotulado de candidato a next big thing do ténis mundial, vinha apresentando um rendimento longe do seu melhor. Ao chegar ao ATP 500 do Dubai, o helénico apresentava quatro torneios seguidos sem conseguir somar mais do que dois triunfos em cada um, não atingindo, sequer, umas meias-finais desde Gstaad, na Suíça, em julho de 2024.

No entanto, no Médio Oriente viu-se a mais brilhante roupagem de Tsitsipas. Confiante e assertivo, o atual 11.º do ranking ATP atingiu a final, onde tinha pela frente Felix Auger-Aliassime, que nos oitavos de final superou Nuno Borges. Se Tsitsipas vinha em má forma, com eliminações recentes na primeira ronda no Open da Austrália ou em Doha, Aliassime era o oposto: o canadiano já ergueu dois títulos em 2025, em Montpellier e Adelaide, tendo chegado às meias-finais em Doha.

Além da qualidade do seu opositor, havia outro obstáculo no caminho de Stefanos. É que, nas 11 vezes anteriores em que Tsitsipas chegara à final de um ATP 500, o grego saiu sempre perdedor, não logrando levar o troféu.

À 12.ª tentativa, a maldição acabou. Na final diante de Aliassime, Stefanos Tsitsipas venceu, após uma hora e 29 minutos, por duplo 6-3.

Sem qualquer título desde Monte Carlo, em 2024, este é o 12.º troféu do percurso do grego. Junta-se às ATP Finals, a três Masters 1000 e a sete ATP 250. O fim da malapata vem com um prémio adicional, já que Tsitsipas tem regresso garantido ao top 10 do ranking. Na segunda-feira, quando a hierarquia for atualizada, o ateniense, que já foi 3.º, será 9.º.