O Brest está a ser a melhor equipa francesa na Liga dos Campeões, ocupando o 7.º lugar da classificação na sua estreia na prova milionária. Mas o seu treinador não está satisfeito com o facto de a UEFA impedir a equipa de jogar em casa, no Stade Francis-Le Blé.
Em conferência de imprensa, Éric Roy abordou o desempenho europeu do Brest: «Vamos fazer os oito jogos da fase de grupos fora de casa, o que torna a nossa caminhada ainda mais extraordinária. Temos consciência de que estas competições são apenas para os grandes clubes e que tentam eliminar os pequenos clubes como o nosso. A UEFA quer o dinheiro pelo dinheiro. Para os pequenos clubes como nós, tentam minimizar ao máximo a sua capacidade de atuação.»
A equipa tem feito os jogos caseiros na Liga dos Campeões no Stade de Roudourou, casa do Guingamp, atualmente na Ligue 2. E segundo o L’Équipe, o Brest paga 20 mil euros por jogo pelo aluguer do recinto.
«O que me irrita é que estão a tentar eliminar todas as pessoas que gostam de futebol porque apreciam a incerteza do resultado, o facto de o pequeno poder vencer o grande», continuou a criticar Roy, «é por isso que o futebol continua a ser o desporto número um, porque é o desporto que gera mais incerteza. Em vez de tentarmos promover o que há de extraordinário no nosso desporto, onde todos podem sonhar, estamos a ir no sentido de eliminar tudo isso».
O último jogo do Brest no Stade de Roudourou será frente ao Real Madrid, na 8.ª jornada da fase de liga da Champions. Antes, a equipa jogará com o Shakhtar Donetsk, enquanto luta por um lugar no top-8 da classificação e pelo apuramento direto para os oitavos de final da prova.