
Apesar de ser reconhecidamente um terreno difícil para os três grandes, já se passaram 13 anos desde o último triunfo do V. Guimarães sobre o Benfica no D. Afonso Henriques. Então, a 20 de fevereiro de 2012, um remate à meia-volta de Marcelo Toscano, médio-ofensivo brasileiro, terminou com a invencibilidade encarnada nessa edição da Liga.
"Foi um jogo complicado, mas fomos felizes e saímos com a vitória. Fui feliz por estar no local certo para poder finalizar com aquele remate, que não era fácil. Saiu bem colocado", recordou o avançado, em declarações a Record, lembrando a abordagem à partida: "Fizemos uma semana maravilhosa, muito focada. Como o Benfica estava invicto, sabíamos que uma vitória nos ia alavancar para o resto do campeonato. Demos algo extra. Não foi apenas 100 por cento, foi 110 ou 120 por cento. Deu certo e a equipa ficou mais motivada."
Agora com 39 anos, Toscano viveu duas épocas muito felizes em Guimarães, entre 2010 e 2012, e por isso faz questão de continuar a seguir o clube, pelo qual tem "um carinho enorme", e acredita num triunfo no sábado. "Têm plenas condições para fazer um grande jogo. Claro que é sempre difícil jogar contra o Benfica, mas nada é impossível, até pela qualidade dos jogadores do Vitória, porque para vestir aquela camisola é preciso ter condições e capacidades para tal. Se colocarem em campo o espírito que os adeptos têm fora dele, de certeza que poderão sair com a vitória", comentou, dando o mote ao atual plantel: "Têm de entrar em campo com o espírito de uma final. Quando se joga com os grandes tem de ser esse o pensamento. Com essa determinação e raça podem conseguir a vitória. Há que batalhar por todas as bolas e lutar até ao fim."
Aquele bom arrepio do hotel ao estádio
Contratado no verão de 2010 ao Paraná, Toscano conquistou rapidamente os adeptos com um hat trick na estreia, contra o Nacional, momento alto de uma "passagem marcante". Contudo, foi outro que o deixou encantado. "No primeiro jogo que fiz contra o Sp. Braga, os adeptos foram ter connosco ao hotel e acompanharam-nos até ao estádio. Deixou-me maluco. Arrepiei-me todo, porque nunca tinha visto aquilo. Foi muito bonito. Tenho um carinho enorme por eles. A força deles é gigantesca e merecem que a equipa lute", referiu o brasileiro.