
A Bundesliga criou uma nova determinação para a temporada 2025/26. É conhecida como a 'regra do aperto de mão' e consiste num encontro entre capitães, treinadores e árbitros antes de todas as partida do principal campeonato da Alemanha.
70 minutos antes do apito inicial dos jogos, os referidos elementos das duas equipas encontram-se com o objetivo de cimentar o essencial 'fair play', numa altura em que os responsáveis da Bundesliga querem ver diminuídos os incidentes dentro de campo, assim como as constantes discussões entre jogadores e até os exageros dos jogadores quando sofrem faltas.
Contudo, os principais protagonistas do jogo não estão a gostar nada desta medida. O primeiro a vir a terreiro criticar a direção da Bundesliga foi Lukas Kwasniok, treinador do Colónia, que apelidou a idea de "disparatada", advertindo que esta medida deveria ser "revertida o mais rapidamente possível".
Depois foi a vez de Frank Schmidt, do Heidenheim, declarar o seu protesto: "Não faz sentido. É algo que interrompe a preparação e a concentração antes do jogo. Temos horários e rotinas a cumprir e agora temos mais uma coisa para incluir."
Faltava ouvir a opinião de Toni Kroos, que raramente deixa algo por dizer. E o antigo internacional alemão, figura do Real Madrid, foi direto ao assunto: "Ia caindo da cadeira quando soube. Nem percebi porque se lembraram de implementar isso agora. Existem tantos problemas no futebol, incluindo o VAR, e estamos a preparar encontros entre capitães e treinadores."
"Esta iniciativa é muito bem intencionada, mas quando te colocas naquela situação tens de ser sincero e pensar - 'Fantástico! Apertas a mão dos adversários 70 minutos antes do jogo, quando a emoção do jogo nem está instalada ainda, e prometes que vais comunicar de forma cordial no jogo.' Não tem qualquer efeito ou valor e interrompe a preparação para o jogo. Dizemos que gostamos muito uns dos outros, entramos em campo e aos 5 minutos já não há apertos de mão. Há entradas duras e cartões amarelos", registou, bem ao seu estilo.