A canoísta Teresa Portela está nos Mundiais de Milão focada na final do K1 200 metros e a tentar levar o K4 500 a um novo patamar de evolução que lhe permita ambicionar ir a Los Angeles2028.

"Quando disse que queria fazer o K1 200 foi porque achei que era possível essa final, embora não faça essa tripulação há alguns anos. Mas estou entusiasmada", disse a desportista que tem feito regularmente o K1 500 metros.

Em declarações à Lusa, a atleta de 37 anos mantém intacta a ambição que a pode levar a uns invulgares sextos Jogos Olímpicos, nos quais também gostaria de contar com o K4, neste caso composto ainda por Ana Brito, Ana Rodrigues e Inês Costa.

"Não temos ainda muitas referências para o K4. Nas eliminatórias não há nenhum barco muito mais fraco do que nós, por isso é tentar passar à meia-final e aí procurar fazer boa prova. Evoluir em relação ao europeu e para o próximo ano já sabermos onde estamos. Temos de começar por algum lado e este Mundial é o primeiro passo", vincou.

A canoísta de Esposende, que participa em mundiais há duas décadas, assume que a cada época surge com "objetivos diferentes", plasmados nas duas competições que vai fazer, em distâncias e tripulações distintas.

"Estou a integrar novamente numa equipa e na qual sou claramente a mais velha e a mais experiente. Para mim é o 20.º mundial e para elas o primeiro, por isso há uma grande diferença. Estou a tentar ir ao ritmo delas, não pressionar muito a ver se conseguimos um K4 feminino" competitivo para este ciclo olímpico, referiu.

Nos Europeus, o quarteto luso foi quarto na semifinal, terminando assim em 10.º, o primeiro barco a ficar de fora da regata das medalhas, ficando a 34 centésimos de segundo do objetivo.

A equipa feminina portuguesa nos Mundiais tem mais duas competidoras, Beatriz Fernandes e Inês Penetra, estas a competir nas canoas.

A seleção portuguesa em Milão conta é composta por 12 canoístas, seis de cada género, e dois paracanoístas, numa competição com cerca de 800 atletas de 73 países.