"Estou entusiasmado por poder ter um dos meus maiores rivais do mesmo lado da rede, como meu treinador. Estou ansioso pelo início da época e por competir com o Andy do meu lado na Austrália, onde partilhámos momentos excecionais ao longo das nossas carreiras", declarou o recordista de títulos do Grand Slam (24), em comunicado.
O atual número sete do ranking mundial, que esta época conquistou 'apenas' o ouro olímpico em Paris2024, derrotou o escocês por quatro vezes na final do Open da Austrália, onde é o recordista de títulos, com 10.
Ao mesmo tempo, num vídeo publicado nas redes sociais, com a sugestiva legenda 'Na verdade, ele nunca gostou da reforma' (uma alusão ao 'tweet' publicado pelo britânico após a sua retirada, no qual se lia 'Na verdade, nunca gostei de ténis'), o tenista de 37 anos recordou a caminhada dos dois como rivais.
"Defrontámo-nos desde que éramos miúdos. Foram 25 anos como adversários, em que nos levámos além dos nossos limites. Protagonizámos algumas das batalhas mais épicas da nossa modalidade", lembra na sonorização de um vídeo que percorre alguns dos momentos mais emblemáticos da sua rivalidade com o britânico.
Andy Murray encerrou a sua carreira como tenista profissional em 01 de agosto, ao perder, ao lado de Dan Evans, nos quartos de final do torneio olímpico de pares de Paris2024.
Único bicampeão olímpico de singulares, tornou-se, em 2013, no primeiro britânico em 77 anos a conquistar o título em Wimbledon, naquele que foi o seu segundo 'major', depois da vitória no Open dos Estados Unidos em 2012, ambos precisamente frente a Djokovic.
O escocês, que repetiria o triunfo no All England Club, em 2016, enfrentou vários problemas físicos desde 2017 e, em 2019, colocou mesmo uma prótese na anca, devido a uma lesão crónica.
"Disseram-nos que mudámos a modalidade, que corremos riscos e fizemos história. Pensei que a nossa história tinha acabado, mas, afinal, tem um último capítulo. É hora de um dos meus rivais mais difíceis entrar no meu 'camarote'. Bem-vindo a bordo, treinador Andy Murray", diz ainda 'Djoko' no vídeo.
O sérvio e o britânico são membros do denominado 'Big 4' do ténis, juntamente com Roger Federer e Rafael Nadal, que se retirou esta semana.
Djokovic e Murray defrontaram-se 36 vezes, com o único dos quatro lendários jogadores ainda no ativo a vencer o escocês também na final de Roland Garros em 2016.
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