A Itália está de volta à final da Taça Davis e vai, assim, defender o troféu conquistado em 2023. Depois de bater a Argentina por 2-1 nos quartos-de-final, a seleção transalpina beneficiou das vitórias de Matteo Berrettini sobre Thanasi Kokkinakis e de Jannik Sinner frente a Alex De Minaur para vencer a Austrália por 2-0, num frente a frente que decorreu no Palacio de los Deportes José Maria Martín Carpena, em Málaga, este sábado. A campeã em título vai defrontar a Holanda no jogo de todas as decisões, a realizar este domingo, a partir das 15 horas.

O primeiro encontro de singulares desta segunda meia-final arrancou pelas 13 horas e ficou marcado por uma alteração nas nomeações de Filippo Volandri em relação aos quartos-de-final. Lorenzo Musetti, que foi derrotado por Francisco Cerundolo na ronda anterior, foi substituído por Matteo Berretini. A aposta acabou por dar certo, mas o número 35 do Mundo teve de suar para conseguir levar de vencida Thanasi Kokkinakis (6-7/6-3/7-5), que voltou a apresentar-se a grande nível, à semelhança do que havia feito frente a Ben Shelton, dos EUA.

O set inaugural foi bastante equilibrado e, não havendo breaks a registar, entrou na reta final com um empate a 5-5. Nessa altura, o italiano fez pender o jogo para o seu lado e quebrou o australiano, garantindo que serviria para fechar o parcial. No entanto, Kokkinakis ativou o modo sobrevivência e, após salvar um set point, surpreendeu tudo e todos ao roubar o saque adversário. No tie break, Berrettini teve algum ascendente e voltou a dispor de dois pontos para fechar a primeira partida, mas, depois de chegar a um 6-4, não foi capaz de conter a reação do australiano. Seguiram-se quatro pontos consecutivos de Kokkinakis e a consequente conquista do set.

Ciente da importância de não deixar fugir o jogo, sob pena de abrir caminho a um jogo de pares onde o favoritismo italiano se esbateria, Berrettini elevou o nível no segundo set e chegou ao break ao oitavo jogo (5-3), garantindo que serviria para fechar. Nesse momento, não tremeu e forçou o terceiro e decisivo parcial.

No último set, o equilíbrio voltou a ser a nota dominante, mas Berrettini protagonizou uma grande reta final, conquistou o serviço de Kokkinakis para chegar ao 6-5 e fechou em definitivo as contas no próprio saque, ao cabo de 2h43.

Menos equilibrada foi a partida entre Jannik Sinner e Alex de Minaur. O atual número 1 do Mundo não facilitou um milímetro e precisou apenas de dois sets para carimbar o passaporte para a final. O triunfo fechou-se com os parciais 6-3/6-4, ao cabo de 1h28. Uma vitória sem mácula que permite a Sinner acentuar o domínio sobre o australiano, que não venceu nenhuma das nove vezes que os dois se defrontaram, sendo que apenas conquistou um set.