
Parece que foi ontem que acabou a temporada anterior, mas é mesmo verdade! Esta quinta-feira, arranca a nova época, oficialmente, no futebol português, com a sempre entusiasmante Supertaça Cândido de Oliveira. Este ano, temos um dérbi lisboeta, entre Sporting e Benfica, no menu, para apimentar as entradas do que se espera que seja um buffet futebolística em 2025/26.
Cerca de dois meses depois de se terem defrontado na final da Taça de Portugal (1-3), os dois eternos rivais voltam a encontrar-se, mas muito mudou neste curto período de tempo.
Comecemos pelo Sporting, bicampeão nacional e detentor da Taça de Portugal. Este verão permitiu a Rui Borges iniciar o seu «ano zero», mesmo que tenha chegado a meio da temporada passada. O técnico leonino começou nesta pré-época a desenhar a equipa mais à sua imagem - em 4x2x3x1 -, já com reforços a seu pedido e sem a grande figura da equipa nos últimos anos, Viktor Gyokeres - Rui Borges falou dessa perda na antevisão da partida.
A imagem deixada nos jogos de pré-época mostrou muitas diferenças, principalmente ao nível das dinâmicas ofensivas, como seria de esperar. Algumas deixaram a desejar e trouxeram preocupações, como a falta de entrosamento e dinâmicas no último terço, mas outras mostraram potencial, nomeadamente o novo papel de Francisco Trincão - que revelou estar perto de renovar - atrás do avançado.

Quanto às escolhas para este jogo, este novo desenho tático da equipa obriga a escolhas, principalmente na defesa, até então montada para jogar com três centrais. As laterais foram uma fraqueza na pré-época, mas Maxi Araújo aparenta estar disponível para ir a jogo. Na frente, por sua vez, Pote tem demonstrado estar ainda longe do nível desejado, mas dificilmente será a escolha para começar no banco. Por último, a frente de ataque deverá pertencer a Conrad Harder, pelo menos para já, com o reforço Luis Suárez à espreita.
Virando as atenções para o outro lado da Segunda Circular, falamos de um Benfica que falhou o objetivo da época passada, ao conquistar «apenas» a Taça da Liga. Por isso mesmo, e com as eleições presidenciais em outubro, o investimento neste verão foi forte - mais de 50 milhões já gastos - e promete não ficar por aqui, até porque se fala da insistência num novo extremo direito e um criativo - depois de falhadas as contratações de Thiago Almada e João Félix.
Fruto da sua participação no Mundial de Clubes, as águias chegam a este jogo com menor tempo de preparação - tema abordado por Bruno Lage na antevisão da partida - e também com uma bem menor amostra deste seu novo desenho para a nova época - apenas dois jogos de preparação conhecidos. Olhando para o último teste, na Eusebio Cup (3-2), a equipa de Lage mostrou algumas dinâmicas semelhantes face à época passada, mas com novos detalhes, face à inclusão de novas caras, nomeadamente Amar Dedic, na ala, e Enzo Barrenechea, na construção.
Espera-se, por isso, um desenho da equipa relativamente semelhante ao desse último jogo. Provavelmente a maior dúvida surge no meio campo, em quem emparelhará com Barrenechea e Richard Ríos no centro - João Veloso mostrou argumentos, mas há Leandro Barreiro - e quem jogará na ala direita. Frente ao Fenerbahçe, o «saca-rolhas» Fredrik Aursnes foi o escolhido, mas caso vá para o miolo, alguém como Prestianni ou Schjelderup pode surgir na equação. Contudo, o posicionamento do norueguês na ala poderá ser útil e estratégico.
Onzes Prováveis
Sporting: Rui Silva, Iván Fresneda, Gonçalo Inácio, Ousmane Diomande, Maxi Araújo, Hidemasa Morita, Morten Hjulmand, Geny Catamo, Francisco Trincão, Pedro Gonçalves, Conrad Harder
Benfica: Anatoliy Trubin, Amar Dedic, António Silva, Nicolás Otamendi, Samuel Dahl, Richard Ríos, Enzo Barrenechea, Fredrik Aursnes, João Veloso, Kerem Aktürkoğlu, Vangelis Pavlidis