Rui Borges, treinador do V. Guimarães, considerou que a sua equipa foi a justa vencedora desta 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, merecendo o lugar nos oitavos de final da competição. Ainda elogiou os seus jogadores e comentou mais uma boa exibição de Óscar Rivas que até marcou, assim como lance caricato do penálti revertido. O técnico também já abordou o compromisso europeu, bem longe, frente ao Astana, desta quinta-feira.
Que análise faz a este jogo e também ao lance caricato no penálti revertido?
- Um jogo onde controlamos a parte ofensiva da UD Leiria, não nos criou perigo algum. Entramos mais ou menos, a tentar sermos pressionantes, não sabíamos muito bem como se iam apresentar, algumas dúvidas com jogadores sem ninguém para marcar, os médios também sem saberem se iam à frente ou se ocupavam o espaço atrás. Não fomos tão fortes a nível ofensivo, falhamos alguns passes. Chegamos ao golo de bola parada e mérito para os jogadores nesse aspeto. Na segunda parte corrigimos algumas coisas e entramos muito bem, tirando espaço à UD Leiria, crescemos e criamos algumas ocasiões de finalização e temos de começar a marcar mais, pois vamos perdendo alguma confiança. Mas, não perdemos o rigor. No lance do penálti, ainda bem que prevaleceu a verdade desportiva. Impossível. Está a ser muito fácil apontar para a marca de penálti contra o Vitória. Sentei-me no banco incrédulo, mas o árbitro teve a hombridade de reverter. Ainda bem que prevaleceu a verdade desportiva. Depois fizemos o 2-0 e tranquilizamos. Estamos a precisar de ganhar por mais de um golo, mas tem faltado algum discernimento no último passe e também na finalização.
Óscar Rivas mais uma vez titular, como viu a exibição do central espanhol que foi coroada com um golo?
- Não pretendo individualizar. Tem cumprido, esperou pela oportunidade dele. Preparou-se, adaptou-se, esperou pelo seu momento e agarrou a oportunidade. É assim que os jogadores atingem o sucesso. Mais um belíssimo jogo, muito concentrado, rápido, com boas leituras. Muito feliz por ele e também por todos os centrais que têm jogado. Feliz por ele ter esperado a oportunidade e se ter agarrado a ela.
Como vai ser agora a preparação para uma viagem até ao Cazaquistão?
- É uma diferença muito grande, um fuso horário de mais cinco horas. Uma adaptação de todos, mas temos a sorte de termos bons departamentos para nos prepararmos da melhor forma para isso. A viagem em si, a adaptação a horas de alimentação e de descanso diferentes, mas estamos todos a pensar para o mesmo e reduzir o impacto os mais possível. Esperar que os jogadores reajam da melhor forma. No entanto, é um crescimento para todos nós, para o clube e para os jogadores. Estamos onde queríamos e é o que é. Tentar minimizar dificuldades e tentar ganhar em Astana, independentemente de todas essas questões.