Treinador do V. Guimarães projetou o encontro da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal
O treinador do Vitória, Rui Borges, marcou presença na sala de imprensa da Academia para projetar o encontro com a União de Leiria, da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal. O jogo realiza-se este sábado, pelas 16h45, no Estádio D. Afonso Henriques.
Estas duas semanas de trabalho foram produtivas para preparar uma competição que o Vitória tem muito carinho?
"Foram semanas importantes para termos um ciclo um pouco normal. É difícil manter o mesmo nível com tantos jogos seguidos, vamos perdendo alguns estímulos que precisamos enquanto grupo, coletivo, de forma individual e coletiva. Nos últimos dois meses os treinos foram para recuperar atrás de recuperar. Agora, falamos de coisas estratégicas, do jogo. Na outra fase acabámos por não dar os estímulos que nós gostaríamos, que nós queremos para sermos uma equipa ainda mais competitiva, mais intensa. A nossa equipa de forma individual não é uma equipa muito agressiva no sentido de duelos, temos que dar esses estímulos que vamos perdendo, porque há muitos meses que não treinámos ao fim e ao cabo por esse acumulado de jogos. Por isso é importante voltar a termos semanas normais, a ter os estímulos que precisamos, que foram importantes lá atrás no início da época, para começarmos também o início da época. Nesse sentido foram semanas muito importantes para descansar também em termos mentais para o novo ciclo intenso que vai vir novamente."
O que espera da União de Leiria, com um novo treinador?
"Trabalhamos naquilo que nós controlamos, a nossa equipa, porque difícil é analisar o adversário. Analisámos de forma individual, é certo, mas em termos coletivos vamos um bocadinho às escuras. Claro que fazemos um trabalho com pesquisa e observação, naquilo que é a forma de trabalhar do Silas, mas ele já teve várias ideias ou formas de jogar nas equipas em que trabalhou. Por isso, vamos um bocadinho ao escuro, naquilo que é a estratégia do adversário. Vamos ter que rapidamente perceber, numa fase inicial do jogo, de que forma é que eles se apresentarão, de que forma é que poderemos nos superiorizar perante o adversário. Não sabemos muito bem o que é que vai aparecer daquele lado, em termos daquilo que é a ideia de jogo, principalmente até a estrutura de equipa, por isso nesse sentido é um bocado difícil. No resto é estar focados naquilo que nós controlamos, naquilo que nós queremos fazer, naquilo que podemos fazer, porque queremos muito seguir em frente. Sabemos que do outro lado vai estar uma equipa diferente porque quando há uma mudança de treinador o chip muda totalmente, vai ter uma entrega enorme ao jogo para além daquilo que é a sua qualidade individual e coletiva. Vão focar-se imenso naquilo que é a parte competitiva do jogo, vão-se entregar ao jogo de forma muito intensa, há essa mudança, há essa mudança de chip, há esse querer mostrar, há o mudar também aquilo que tem sido se calhar os últimos resultados da União de Leiria. Esperamos um jogo difícil, é certo, e se não tivermos a humildade suficiente para respeitar o adversário vamos ter muitos problemas. Se respeitarmos e tivermos a humildade que temos tido até aqui, em todos os jogos, faremos um bom jogo e sairemos vencedores, que é esse o nosso objetivo."
No próximo ciclo não pode contar com o Tiago Silva, não só por ter de cumprir dois jogos de suspensão, mas também por estar lesionado. Como viu a expulsão dele no final do jogo com o Santa Clara?
"Em relação à expulsão não vou estar aqui a dizer que é normal. O Tiago mais do que ninguém sabe e tem noção de que não poderia ter reagido tão a quente no final do jogo, mas é normal com o cansaço mental da equipa. No jogo com o Santa Clara mais do que cansaço físico acusamos o cansaço mental e o jogo foi condicionado desde o início por isso. Não quero tirar mérito ao adversário, foi até a equipa que nos criou mais problemas até agora em termos ofensivos, mas disse que tinha sido um jogo pobre das três equipas. Para uma equipa que vem mentalmente cansada é difícil entrar naquele ritmo de jogo que foi desde o início, sempre a apitar, sempre faltinhas, sempre contra o Vitória, foi sempre um acumulado de coisas que mentalmente desgasta o jogador, é normal que chegue ao fim e que perca ali o discernimento. Pedimos muito para termos esse equilíbrio porque eu sabia que o cansaço era mais mental do que físico, mas é o que é. Independentemente disso, abre vaga para outro, focamo-nos naquilo que o jogador que for na vez do Tiago pode acrescentar também à equipa, por isso estou tranquilo. É certo que o Tiago tem sido um jogador muito importante, tem feito uma grande época até agora, na minha perspetiva de treinador, tem sido muito importante para o grupo, para a equipa. Mas, vamos ser competitivos da mesma forma, tentar ter a qualidade que temos tido, exatamente igual, com jogadores diferentes, que dão coisas diferentes do Tiago."
José Bica mostrou-se nos jogos de preparação. Pode ter uma oportunidade?
"As oportunidades conquistam-se no dia a dia, eu não olho por ser Taça. Os jogos da Taça, são aqueles em que fico mais stressado. Enquanto treinador, nos outros jogos, no dia de jogo, estou tranquilo, independentemente de tudo. Já estive daquele lado, comecei por lá, como jogador, como treinador, e sei bem o que as equipas tentam superiorizar às equipas grandes e de escalões superiores.
"O Bica é um miúdo que conheço melhor do que ninguém, é um miúdo que começou comigo lá atrás no Mirandela com sete anos. Com sete anos eu fui buscá-lo para jogar nos sub-10 porque ele já era de alguma forma diferenciado. É um miúdo que tem crescido imenso, é um miúdo que tem tido a capacidade de perceber naquilo que tem que melhorar, naquilo que tem que crescer. Tem crescido imenso, tem trabalhado imenso, está claramente a trabalhar para ter a sua oportunidade, vai tê-la, não sei se é na Taça ou não, mas vai tê-la porque tem trabalhado para isso. Não tem baixado o foco, independentemente de não estar a jogar muito. Pessoalmente perspetivo que será o futuro de Vitória, não tenho qualquer dúvida nenhuma disso, se ele continuar a crescer naquilo que tem crescido, em termos físicos, atléticos, em termos táticos, não tenho qualquer dúvida que será o futuro do Vitória. Ele percebe, e temos tido essa capacidade também de forma geral, que estamos a trabalhar para o fazer crescer, para o fazer perceber que é importante o crescimento que está a ter. É um miúdo que está focadíssimo, trabalha com uma alegria imensa."
Jorge Fernandes e Mikel voltam a estar disponíveis?
"Sim, o Jorge e o Mikel voltaram a treinar e estiveram dentro da equipa com normalidade esta semana. Fico contente porque são dois jogadores que também têm feito uma boa época. O Jorge estava a ter um início muito bom, teve esta infelicidade, mas voltou novamente com um cavalo. Está aí reintegrado e à espera da oportunidade novamente poder dar contributo à equipa", terminou.
Estas duas semanas de trabalho foram produtivas para preparar uma competição que o Vitória tem muito carinho?
"Foram semanas importantes para termos um ciclo um pouco normal. É difícil manter o mesmo nível com tantos jogos seguidos, vamos perdendo alguns estímulos que precisamos enquanto grupo, coletivo, de forma individual e coletiva. Nos últimos dois meses os treinos foram para recuperar atrás de recuperar. Agora, falamos de coisas estratégicas, do jogo. Na outra fase acabámos por não dar os estímulos que nós gostaríamos, que nós queremos para sermos uma equipa ainda mais competitiva, mais intensa. A nossa equipa de forma individual não é uma equipa muito agressiva no sentido de duelos, temos que dar esses estímulos que vamos perdendo, porque há muitos meses que não treinámos ao fim e ao cabo por esse acumulado de jogos. Por isso é importante voltar a termos semanas normais, a ter os estímulos que precisamos, que foram importantes lá atrás no início da época, para começarmos também o início da época. Nesse sentido foram semanas muito importantes para descansar também em termos mentais para o novo ciclo intenso que vai vir novamente."
O que espera da União de Leiria, com um novo treinador?
"Trabalhamos naquilo que nós controlamos, a nossa equipa, porque difícil é analisar o adversário. Analisámos de forma individual, é certo, mas em termos coletivos vamos um bocadinho às escuras. Claro que fazemos um trabalho com pesquisa e observação, naquilo que é a forma de trabalhar do Silas, mas ele já teve várias ideias ou formas de jogar nas equipas em que trabalhou. Por isso, vamos um bocadinho ao escuro, naquilo que é a estratégia do adversário. Vamos ter que rapidamente perceber, numa fase inicial do jogo, de que forma é que eles se apresentarão, de que forma é que poderemos nos superiorizar perante o adversário. Não sabemos muito bem o que é que vai aparecer daquele lado, em termos daquilo que é a ideia de jogo, principalmente até a estrutura de equipa, por isso nesse sentido é um bocado difícil. No resto é estar focados naquilo que nós controlamos, naquilo que nós queremos fazer, naquilo que podemos fazer, porque queremos muito seguir em frente. Sabemos que do outro lado vai estar uma equipa diferente porque quando há uma mudança de treinador o chip muda totalmente, vai ter uma entrega enorme ao jogo para além daquilo que é a sua qualidade individual e coletiva. Vão focar-se imenso naquilo que é a parte competitiva do jogo, vão-se entregar ao jogo de forma muito intensa, há essa mudança, há essa mudança de chip, há esse querer mostrar, há o mudar também aquilo que tem sido se calhar os últimos resultados da União de Leiria. Esperamos um jogo difícil, é certo, e se não tivermos a humildade suficiente para respeitar o adversário vamos ter muitos problemas. Se respeitarmos e tivermos a humildade que temos tido até aqui, em todos os jogos, faremos um bom jogo e sairemos vencedores, que é esse o nosso objetivo."
No próximo ciclo não pode contar com o Tiago Silva, não só por ter de cumprir dois jogos de suspensão, mas também por estar lesionado. Como viu a expulsão dele no final do jogo com o Santa Clara?
"Em relação à expulsão não vou estar aqui a dizer que é normal. O Tiago mais do que ninguém sabe e tem noção de que não poderia ter reagido tão a quente no final do jogo, mas é normal com o cansaço mental da equipa. No jogo com o Santa Clara mais do que cansaço físico acusamos o cansaço mental e o jogo foi condicionado desde o início por isso. Não quero tirar mérito ao adversário, foi até a equipa que nos criou mais problemas até agora em termos ofensivos, mas disse que tinha sido um jogo pobre das três equipas. Para uma equipa que vem mentalmente cansada é difícil entrar naquele ritmo de jogo que foi desde o início, sempre a apitar, sempre faltinhas, sempre contra o Vitória, foi sempre um acumulado de coisas que mentalmente desgasta o jogador, é normal que chegue ao fim e que perca ali o discernimento. Pedimos muito para termos esse equilíbrio porque eu sabia que o cansaço era mais mental do que físico, mas é o que é. Independentemente disso, abre vaga para outro, focamo-nos naquilo que o jogador que for na vez do Tiago pode acrescentar também à equipa, por isso estou tranquilo. É certo que o Tiago tem sido um jogador muito importante, tem feito uma grande época até agora, na minha perspetiva de treinador, tem sido muito importante para o grupo, para a equipa. Mas, vamos ser competitivos da mesma forma, tentar ter a qualidade que temos tido, exatamente igual, com jogadores diferentes, que dão coisas diferentes do Tiago."
José Bica mostrou-se nos jogos de preparação. Pode ter uma oportunidade?
"As oportunidades conquistam-se no dia a dia, eu não olho por ser Taça. Os jogos da Taça, são aqueles em que fico mais stressado. Enquanto treinador, nos outros jogos, no dia de jogo, estou tranquilo, independentemente de tudo. Já estive daquele lado, comecei por lá, como jogador, como treinador, e sei bem o que as equipas tentam superiorizar às equipas grandes e de escalões superiores.
"O Bica é um miúdo que conheço melhor do que ninguém, é um miúdo que começou comigo lá atrás no Mirandela com sete anos. Com sete anos eu fui buscá-lo para jogar nos sub-10 porque ele já era de alguma forma diferenciado. É um miúdo que tem crescido imenso, é um miúdo que tem tido a capacidade de perceber naquilo que tem que melhorar, naquilo que tem que crescer. Tem crescido imenso, tem trabalhado imenso, está claramente a trabalhar para ter a sua oportunidade, vai tê-la, não sei se é na Taça ou não, mas vai tê-la porque tem trabalhado para isso. Não tem baixado o foco, independentemente de não estar a jogar muito. Pessoalmente perspetivo que será o futuro de Vitória, não tenho qualquer dúvida nenhuma disso, se ele continuar a crescer naquilo que tem crescido, em termos físicos, atléticos, em termos táticos, não tenho qualquer dúvida que será o futuro do Vitória. Ele percebe, e temos tido essa capacidade também de forma geral, que estamos a trabalhar para o fazer crescer, para o fazer perceber que é importante o crescimento que está a ter. É um miúdo que está focadíssimo, trabalha com uma alegria imensa."
Jorge Fernandes e Mikel voltam a estar disponíveis?
"Sim, o Jorge e o Mikel voltaram a treinar e estiveram dentro da equipa com normalidade esta semana. Fico contente porque são dois jogadores que também têm feito uma boa época. O Jorge estava a ter um início muito bom, teve esta infelicidade, mas voltou novamente com um cavalo. Está aí reintegrado e à espera da oportunidade novamente poder dar contributo à equipa", terminou.