Os últimos meses de Marcus Rashford no Manchester United não foram fáceis. Ruben Amorim deixou-o fora das convocatórias e acabou por ser emprestado ao Aston Villa em janeiro. Agora, cedido ao Barcelona, o avançado veio a terreiro falar sobre a situação dos red devils, dando a entender que os princípios do clube que conhece há muitos anos já não são os mesmos.

"Mostre-me uma equipa de sucesso que apenas de adapta. Quando [Alex] Ferguson estava no comando técnico da equipa, havia princípios não só para a equipa principal, mas também para toda a academia", referiu o internacional inglês no podcast 'The Rest is Football', apresentado por Gary Lineker, Alan Shearer e Micah Richards.

E acrescentou: "Podia escolher jogadores com 15 anos e todos eles compreenderiam os princípios, a forma de jogar do Manchester United. Qualquer equipa que tenha sido bem-sucedida ao longo do tempo tem princípios que significam que qualquer treinador ou jogador que chegue tem de se alinhar com esses princípios ou acrescentar-lhes algo. Por vezes, o Manchester United estava ansioso por vencer, mas era reacionário. Se a tua direção está sempre a mudar, não podes esperar ganhar um campeonato".

Depois, Rahsford lembrou o exemplo do Liverpool, que iniciou a mudança com a contratação de Klopp, treinador que no início nem teve o sucesso esperado: "As pessoas dizem que estamos em transição há anos, mas para estar em transição é preciso começar. A transição real ainda não começou. Quando o Liverpool passou por isso, contratou Klopp e manteve-o. No início, não ganhou. As pessoas só se lembram dos seus últimos anos, quando competia com o Manchester City e ganhava grandes troféus".

"Para iniciar uma transição, é preciso fazer um plano e mantê-lo. É aqui que falo sobre ser-se realista em relação à situação. Tivemos tantos treinadores, ideias e estratégias diferentes para ganhar que acabámos por ficar na terra de ninguém", reiterou.

Questionado sobre se está magoado com o que está a acontecer no Manchester United, Rashford foi perentório: "Sim. 100%. Não apenas como jogador, mas também como adepto".