A seleção portuguesa feminina de voleibol perdeu, em cinco sets, com a sua congénere espanhola, por 2-3, em jogo do grupo E da fase de qualificação para o Campeonato da Europa de 2026, disputado em Lugo, e terá de vencer a equipa da Geórgia, no próximo domingo, em Santo Tirso, para ter ainda aspirações a ser um dos cinco melhor segundos classificados (entre sete) e garantir assim o apuramento para o torneio continental que se disputará na Turquia, Chéquia, Azerbaijão e Suécia.

Portugal não entrou bem no encontro e cedeu o primeiro set por conclusivos 25-18, reagindo no segundo para empatar com também claros 20-25. A formação lusa, que já tinha sido derrotada pela espanhola, em casa, por 0-3, há pouco mais de um ano, no segundo jogo do agrupamento, voltou a posição de desvantagem neste duelo na Galiza (2-1, após terceiro set a 25-20). As anfitriãs, a quem bastava a vitória num set neste jogo, tiveram oportunidade de conquistar novo triunfo, mas na quarta partida enfrentaram feroz oposição das portuguesas, que estiveram quase sempre em vantagem, para fecharem com 23-25 e forçar ao quinto set.

Nesta última e decisiva contenda, Portugal acusou desgaste físico e anímico e não resistiu ao melhor jogo de Espanha, que esteve implacável a partir do empate a três, passando para a liderança, alargando-a paulatinamente até final 15-8. Alice Clemente, com 16 pontos, foi a melhor finalizadora da seleção das quinas.

Após o jogo, o selecionador nacional Hugo Silva expressava sentimentos mistos. «A primeira sensação é que estamos aborrecidos porque perdemos, não é? E temos de ficar aborrecidos. Creio que quem quer jogar a este nível e quem quer crescer muito e chegar a Europeus e Mundiais tem de vencer, mesmo a Espanha, não é? E ainda por cima, quando sentimos que o jogo podia estar mais para nós do que para elas...», começou por afirmar o técnico, que mantém a confiança no apuramento. Portugal é segundo no grupo, mas precisa ser um dos cinco melhores entre sete para estar no CEV EuroVolley no próximo ano.

«De qualquer forma, dependemos só de nós. Temos um jogo pela frente, é um jogo que temos de encher o pavilhão de Santo de Tirso, para que esta menor experiência se apague um pouquinho. Porque o peso e a carga do jogo vai estar lá, independentemente do adversário ser outro. Queremos assumir o favoritismo, mas vamos precisar do apoio do público e que, mais uma vez, funcionemos como equipa, como é óbvio».

Hugo Silva tem as contas da qualificação na cabeça. «Ganhar 3-0 ou 3-1 pode ser suficiente, uma vez que os segundos classificados dos outros grupos podem estar piores. Temos de ganhar o jogo e ganhar por preferência 3-0 que é para não andar a fazer muito mais contas», concluiu o selecionador.