
O Benfica e o futebol português estão de luto. Fernando Cruz, bicampeão europeu pelos encarnados, faleceu este sábado, aos 84 anos, vítima de doença prolongada. "O Sport Lisboa e Benfica lamenta profundamente o desaparecimento de um dos mais lendários jogadores da história do clube e endereça à família de Cruz, as suas mais sentidas condolências", expressaram as águias, em comunicado.
Natural de Cabanas de Viriato, distrito de Viseu, o antigo lateral-esquerdo fez parte das campanhas que culminaram na conquista das duas Taças dos Campeões Europeus, tendo sido dos mais utilizados: em 1960/61, fez 9 jogos e, em 1961/62, somou 7 presenças. "Era, até hoje, uma das poucas memórias vivas do bicampeonato europeu de Clubes", destacaram as águias. Além disso, foi dos poucos que atuaram nas cinco finais disputadas pelo Benfica, naquela prova, na década de 60 do século passado. Pela Seleção Nacional, atuou em 11 encontros.
Lançado na primeira equipa dos encarnados aos 20 anos, por Béla Guttman, Cruz fez 343 jogos e marcou um golo em 11 épocas. Além dos sucessos europeus, conquistou oito campeonatos e três Taças de Portugal. Saiu em 1970 para representar a recém-formada equipa do PSG, abrindo caminho para muitos outros portugueses. Terminaria a carreira na Venezuela, tendo sido treinador nos EUA.
Cruz era sócio do Benfica desde 1956, tendo o número 1.607. Por isso, os encarnados consideram que deixa "um legado importante de dedicação e paixão ao clube, que combinou, com radioso sucesso, com o profissionalismo e o talento que o distinguiu como um jogador bravo, competente e galhardo". As águias referem-se a Cruz como "um jogador à Benfica", tendo recebido duas medalhas de honra do clube pela conquista das Taças dos Clubes Campeões Europeus.
À família enlutada, Record apresenta sentidas condolências.